terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Por aí...


Lembra do quanto amanhecemos
Com a luz acesa
Nos papos mais estranhos,
Sonhando de verdade
Salvar a humanidade
Ao redor da mesa?

Sábias teses e ilusões sem fim
Ying, Jung, I Ching e outras cabalas
Procurando deus entre as folhagens do jardim...
Que tolos fomos nós, que bom que foi assim!
Que achamos um lugar pra ter razão
Distantes de quem pensa que o melhor da vida
É uma estrada estreita e feita de cobiça
Que nunca vai passar por aqui.

Lembra de longas primaveras,
De andar pela cidade
Saudando novas eras,
Sonhando com certeza
Salvar a natureza
Ao final da tarde?

Cegas crenças, lixo oriental,
Ying, Jung, I Ching e outras balelas
Procurando deus entre as macegas do quintal...
Seremos sempre assim, sempre que precisar
Seremos sempre quem teve coragem
De errar pelo caminho e de encontrar saída
No céu do labirinto que é pensar a vida.
E que sempre vai passar por aí.

Auras, carmas, drogas siderais,
Ying, Jung, I Ching e outras viagens
Procurando deus entre delírios dos mortais...
Seremos sempre assim, sempre que precisar
Seremos sempre quem teve coragem
De errar pelo caminho e de encontrar saída
No céu do labirinto que é pensar a vida
E que sempre vai passar
Sempre vai passar por aí.

(Nei Lisboa)

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