domingo, 23 de novembro de 2008
Acabou...
Chegou a hora de me despedir de vez...
Tenho adiado isso, mas não dá mais!
Não tenho mais paciência e nem vontade de internet. O meu mundo real preenche todo ar.
Não vou escrever mais aqui, mas vou deixar o blog no ar pelo imenso carinho que sinto por ele.
Quem sabe um dia eu volte a escrever em algum outro lugar?
Só que será com outro propósito e outra motivação.
Obrigada pelo carinho nesse ano de blog.
Beijos no coração de cada um.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
A infância da Menina
As regras são:
1. Colocar o link de quem convidou
2. Escrever um texto sobre lembranças da infância
3. Postar o selo do meme dentro do artigo
4. Se possível, colocar uma foto de quando era criança ou adolescente
5. Chamar cinco amigos para brincar com você.
Naqueles dias, eu costumava brincar sozinha. Fui filha única por 5 anos e isso me fazia usar a imaginação pra não me sentir só. Fazia teatros, conversava sozinha, colocava roupas da minha mãe (e sapatos - o que deixava ela enlouquecida). Tive a sorte de ter sido muito mimada, muito amada, muito paparicada (acho que até hoje isso se confirma).
Na escola, a diversão começou cedo. Com três anos e meio eu já freqüentava o "Jardim da Infância" de uma escola pertinho de casa e adorava. Se não gostasse, não estaria estudando até hoje, né?
Quando meu primeiro irmão nasceu, ele era meu novo brinquedo. Fui eu quem escolheu o nome dele e eu escolhia as roupas que ele vestia depois do banho. O que mais uma menina quer? Um boneco de verdade é um sonho de consumo. Entre o "Aquaplay", o "Gênius" e o meu irmão, eu sempre preferia ficar com ele.
Gostava também de ler. E lia bastante. Minha tia é professora de Língua Portuguesa e me dava muitos livros de presente. Lembro de vários como: "A Bolsa Amarela", da Lygia Bojunga Nunes; "Bem do seu tamanho", da Ana Maria Machado e de vários do Monteiro Lobato.
Outra coisa que lembro com muito carinho é do quanto era bom passar os domingos na fazenda do meu avô. A rotina era exatamente a mesma toda semana, mas a espera pelo domingo (igualmente rotineiro) era imensa. Fosse como fosse, estaria com as outras crianças da família e com a liberdade de correr pra todo lado.
Tudo que vivi na minha infância hoje sei, com certeza, contribuiu para eu me tornar a adulta que sou. Se hoje valorizo tanto meus amigos e minha família, com certeza foi na infância que aprendi.
Indico essa sessão "Memórias de minha infância" para alguns dos meus amigos blogueiros, que são:
Candy
Carol Barcellos
Donaella
Gabi
Malu
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Muito Prazer...
domingo, 19 de outubro de 2008
No meu espelho...
Porque paciência é uma virtude.
*Trechos de Caio F.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Tradução dos sentimentos de hoje:
- Oi, quanta saudade!
Tua voz é a melhor coisa na cidade!
- Oi, tudo bem
- Oi, eu tava esperando
pra contar que sonhei com você me carregando.
- Oi, foi demais, foi...
É tão bom ter alguém que te telefone
Pra saber como foi o dia.
É uma luz, é uma coisa que não tem nome...
É minha paz, minha alegria.
- Oi, vê se vem pois:
Eu preciso de você do meu lado
Bem melhor quando você
Está por perto
- Oi, eu tava esperando
pra contar que sonhei com você me iluminando.
- Oi, foi demais...
(Jair Oliveira)
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Tá certo.
Nada de maiores pretensões.
Sem confidências. Sem cumplicidade. Sem rodeios.
É bom. É divertido. É fácil.
Existe uma sintonia legal e não se fala muito depois.
Estragaria tudo, certamente.
Só sexo.
Just for fun.
Fica bom pra todo mundo.
Acaba com a carência.
Faz as coisas parecerem simples assim.
Só que...
“- Cada vez eu me apaixono mais por ti!”
“- Hahahahahah... Que tipo de piada é essa???”
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Perseguição...
O sorriso, os olhos, a barba por fazer... e além de tudo o apelo! Tem toda uma força neste tipo de apelo que eu nem saberia explicar.
O pior é que não era só lá que ele estava.
Como mágica, ele aparece por toda parte em que eu me encontro: no caminho pro campus, no caminho pra casa, no caminho pra tudo!
Verdadeira perseguição esse sorriso. E os olhos? Fora o apelo. É covardia apelar dessa forma...
Os dias passam e aquele rosto lindo não sai da minha cabeça. Pudera, ele sempre aparece em todos os lugares! Abro uma revista, ele tá lá; pego um jornal, e dou de cara com ele de novo! Até quando vou ver meus e-mails, os olhos aparecem pra mim na tela.
Devo estar ficando maluca, ou eu estava dormindo e sonhei, mas tenho quase certeza de tê-lo visto na TV de madrugada.
Será que é isso que os 'estudiosos da mente' chamam de obsessão compulsiva? Ou seria espécie de brincadeira que meu cérebro resolveu fazer comigo. Eu já me apaixonei inúmeras vezes. Só que isso beira ao ridículo!
E agora, enquanto eu e meu alterego tomamos tranqüilamente nosso rotineiro café, ele simplesmente entra pela porta. Não está sorrindo. Mas é ele sim, eu tenho certeza. Meus braços e pernas ficam paralisados ao vê-lo se materializar assim, se mexendo, caminhando... não é mais somente aquele sorriso estático, com aqueles olhos e aquele apelo... É a humanização do que eu vejo há dias, do que me persegue até nos sonhos.
Olho para a outra metade do meu cérebro que, com um sorriso, já me entende bem:
- Aham... é ele sim! O 'pai' da campanha da Vivo!
domingo, 28 de setembro de 2008
Indicações...
2. Repasse a missão para sete pessoas especiais. (Dica: escolha alguém de quem você deseje conhecer o gosto musical ou que você já conheça e saiba que a vale a pena).
As músicas funcionam pra mim como uma espécie de trilha sonora do momento. Ouço muita coisa. De tudo mesmo. E resolvi criar uma listinha das que mais tenho ouvido nos últimos dias:
1. O Amanhã Colorido - sabe aquela música que te faz ver as coisas com mais leveza? Então...
(Duca Leindecker)
Cidadão Quem
2. Falso Amor - especialmente no final daquele dia exaustivo em que recebi aquele fatídico telefonema...
(Jair Oliveira)
Jair Oliveira
3. Doce Solidão - "Solidão, foge que eu te encontro..."
(Doce Solidão)
Marcelo Camelo
4. Encontros - agradecendo a quem me trouxe o Pedro de volta, apesar de tudo.
(Léo Henkin)
Pedro Mariano
5. A Força do Silêncio - "Em excesso até o fracasso faz sucesso por aí"
(Humberto Gessinger / Duca Leindecker )
Duca Leindecker & Humberto Gessinger
6. Diz que Fui por Aí - "Tenho muitos amigos, eu sou popular"
(Zé Kéti & H. Rocha)
Fernanda Takai
E por último, mas em primeiro lugar sempre, a trilha que embala o meu amor maior:
7. Último Romance - porque "até quem me vê lendo o jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei..."
(Rodrigo Amarante)
Los Hermanos
Vou deixar livre para que sete ou mais blogueiros respondam à vontade. Música faz bem à alma...
"Reconhecer os valores que cada blogueiro mostra a cada dia, seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Em suma, demonstra sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras...".
Então tá! Obrigada sempre pela lembrança e pelo carinho.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
"Que buena suerte... que se me hizo!"
De repente começa a tocar aquela canção antiga que ela conhece bem. E se expande toda uma alegria de reconhecer a melodia e as lembranças. Risadas. Muitas. A amiga fica relembrando as muitas vezes em que ouviram essa trilha, num lugar bem longe dali.
- Nossa! Ele tá cantando a música!!!
- Conhece a letra e tudo.
- Dá até pra adivinhar que ele não é da capital.
Não é. Da fronteira, por isso conhece a letra e, com certeza, também deve ter vivido algumas boas ao som de 'Los Ladrones Sueltos'. Rapidamente a conversa se torna igualmente 'suelta' e as afinidades naturalmente vão aparecendo. Muita coisa em comum.
(Ele vai falar com os amigos. Volta. Retorna para os amigos. E vem de novo com eles.)
Não dá pra parar de olhar pro tal do sorriso. Um sorriso de menino. Atitudes de menino também.
- Nossa! Que mundinho pequeno, não é mesmo?
- Pois é...
(Ele sai de novo. E quando volta, a chama num canto.)
É agora!!!!!
- Meu amigo 'fraquejou'. Vamos embora. Tenho que levar ele...
- Hummmm...
- Se quiser ir, a hora é agora!
- Hã????
(...)
"Y ahi me esperan mis compatriotas que no imaginan la cruel derrota.
Y al bajar del avion estaban ahi. Que papelon, no les quise mentir...
No pude con ella y tuve que dormir bajo las estrella de un frio jardin."
* Talvez... Mas não desta vez! Fica pra próxima, né Doc?
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Numa dessas noites, num desses bares...
E as coisas vão acontecendo assim, espontaneamente. Sempre tem alguém que se aproxima com o mesmo papo: 'como vocês são simpáticas!'. Começa aí a outra parte da diversão.
De modo interessante, os homens sempre andam aos pares. Com certeza faz parte da estratégia. Oferecem a mesa pra elas deixarem os copos. Puxam papos bobos, mas elas retribuem com educação e simpatia (e sempre rindo).
Eles são do interior, moram juntos... A conversa é sobre as festas, sobre as profissões, sobre as respectivas cidades. E dão risada o tempo todo porque todos têm humor ácido (e as piadas já fluem com naturalidade).
O que não flui é o interesse. Da parte delas. Eles já estão se insinuando há algum tempo, entre uma brincadeira e outra. A todas as investidas, elas respondem com sorrisos e piadinhas escorregadias. É divertido.
Eis que chega a hora de ir embora. Todos vão para o caixa juntos. E vem aquele momento de troca de celulares, messengers...
Uma delas dá o número, eu acho. Eles dizem que é pra marcar alguma festa. Elas riem.
No estacionamento, conhecem o terceiro membro da equipe que dormia no carro, esperando os companheiros. Ah, esse sim desperta o interesse. Das duas! Falam algumas coisas engraçadas, combinam algo que fica no ar e se despedem sempre com muita 'simpatia'.
Então, elas entram no carro ainda rindo.
- Que carro é aquele?
- É um 'Xufresg 597', mulher!
- Amiga... dei meu telefone errado!
- Ah, não! De novo?
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Hein???
Eu não tenho culpa de ser assim. Sempre interpreto os sinais, as frases, os gestos...
Procuro contradições nos atos e até nas omissões. Raramente me engano quando cismo com alguma frase solta que me pareceu suspeita. E, levando em conta o histórico que me acompanha, é realmente difícil alguém me enganar com palavras.
Mas eu dou chances para a pessoa se explicar, se justificar ou me convencer de que aquilo não tem a dimensão que eu imagino. E fica uma coisa mais complicada ainda, porque cada passo que a pessoa dá no sentido de me mostrar que eu penso tudo errado, me faz desconfiar ainda mais.
Pra que eu dou a tal da chance? Por que eu não encerro logo o assunto, a relação, a palhaçada toda?
Provavelmente pra eu poder dizer que eu fiz tudo o que estava ao meu alcance...
Alguém me diz por que um encontro perfeito (pra mim) acaba com a metade de uma palavra, engolida rapidamente após ser 'quase' proferida e jamais acabada?
"Inclusive, foi esse o padre que me ca..."
Não seria este final um "ca...tequizou" , seria?
domingo, 13 de julho de 2008
Stand by...
O fato é que está realmente impossível postar com mais freqüência e acredito que, daqui pra frente, vai ficar pior ainda. São muitos os compromissos, muitas as cobranças e muito o que fazer.
Então, me despeço por enquanto... Sei que volto e, talvez, mais cedo do que eu mesma imagine. Espero encontrá-los de novo por aqui.
Obrigada pelo carinho dos comentários e por gastarem um pouco de seus preciosos tempos com meu blog.
Até breve!
domingo, 6 de julho de 2008
Meme Musical...
1. Colocar uma foto sua (tem que ser foto individual):
2. Escolher uma banda/grupo/cantor e responder somente com títulos de suas canções:
3. Escolher 8 pessoas para que façam o teste, sem esquecer de avisá-los no seu fotolog (no meu caso, blog):
E é o fim. É o fim!
sábado, 28 de junho de 2008
O desastre...
Já fazia algum tempo que eu havia reparado nele. Lindo de morrer, com um sorriso impecável e um jeito meigo ao mesmo tempo. A meiguice se deve à timidez e não ao que ocorria com o meu parceiro de vôo, que fique claro.
Nunca comentei com ninguém sobre o quanto eu achava ele o homem-mais-lindo-do-universo porque eu não teria nenhuma chance mesmo. Ficava na minha, observando a beleza dele sempre que nos encontrávamos no almoço ou perto de casa (pois ele morava no meu bairro)
Acabei descobrindo o nome dele numa conversa com um amigo que tínhamos em comum. Descobri que ele trabalhava com Ecologia, que estava se especializando na área e afins.
Pois bem... um belo dia, o orkut resolveu pegar todo mundo desprevenido e dedurou os 'fuções' de perfis alheios. E ele tava lá no meu perfil!!! Em outras semanas, também achava ele por lá... me animei! Passei a olhar mais pra ele e a cumprimentar quando ele estava perto (por educação, é claro).
Mas pára e pensa: o cara-mais-gato-do-pedaço resolve monitorar meu orkut. A troco de que?
Então, numa noite em que eu deixava o campus, ao subir no ônibus, percebi que ele já estava lá. Íamos descer no mesmo lugar e eu passei a viagem inteira (40 min) pensando nas coisas que poderíamos conversar do ponto até a esquina que nos separaria. Sentei mais à frente dele e fingi que não vi que ele estava no ônibus. Estava totalmente decidida a puxar assunto assim que ele descesse... 'Nossa, estávamos no mesmo ônibus e eu nem te vi!'
Enfim, chegou a hora de descer do ônibus e eu levantei totalmente segura de mim. Caminhei até a porta e percebi, pelo reflexo do vidro, que ele estava logo atrás. Beleza!
Beleza? Quando eu saltei do ônibus, meu pé escapou da plataforma e eu fiquei 'nadando no ar' pra não cair. Parecia uma mariposa se debatendo perto do calor de uma lâmpada incandescente. O horror! Consegui me equilibrar e comecei a andar sem pensar.
Andava, andava, andava... rápido pra ele não me alcançar. Que vergonha, que vexame, que absurdo!!! O pior era ouvir os passos dele se aproximando e, a cada passo que ele dava, eu acelerava ainda mais os meus. Chegavam a doer minhas pernas de tanto que eu apressava.
Depois de dois quarteirões, a desgraça se sucedeu. O infeliz do sinal resolveu fechar e eu parei numa esquina. Instintivamente, eu senti que ele parou do meu lado. A situação ficou complicada e eu optei simplesmente por não olha pra nenhum lado. Então ele fala:
- Oi. Estávamos no mesmo ônibus e eu nem tinha te visto!
A primeira coisa que me passou pela cabeça foi: Por que tu não morre???
Dei um sorriso amarelo e falei:
- Ah é? Não te vi também... (num tom de desinteresse e antipatia, que disfarçava a vergonha e a vontade de sumir instantaneamente).
Ele só se despediu:
- Bom, eu dobro aqui. Até mais ver!
E eu, totalmente indiferente:
- Tchau...
Nunca mais tive coragem de olhar praquele bofe. Só se for pra desviar o caminho. Deus fez com que ele mudasse de bairro. E acabou! Ele não apareceu mais no meu orkut também.
Quem mandou falar comigo no dia em que a Bridget Jones resolveu tomar conta dos meus membros inferiores, moço? Não dá pra ficar de bom humor depois de eu ter literalmente 'descido do salto'!
Me poupe, gatíssimo... Mesmo tu que tu continue sendo o cara-mais-perfeito-de-todo-o-campus e continue a olhar em minha direção sempre que nos esbarramos por lá, eu me considero mais a mulher que desperta teus mais íntimos desejos. A menos que sejam os desejos de gargalhar...
sábado, 21 de junho de 2008
Nas nuvens...
Na verdade, eu já havia botado o olho nele lá em BH mesmo. Não tinha como não reparar. Que corpo lindo ele tinha! O rosto também era bonito. E como era alto! Imaginei que praticasse algum esporte... e com freqüência! Pensei ainda no frio que ele iria sentir assim que descesse em Porto Alegre. Aquela blusa fina o faria congelar. Tadinho...
Resolvi parar de olhar porque ele acabaria percebendo. Então, afundei os óculos no meu recém adquirido "Evolution in Four Dimensions" (livro que eu procurei por um tempão), mas era difícil ler se não conseguia parar de analisar o cara.
Sempre gostei de homens morenos...
"Gosto de mãos, de pele, de pescoço e olhos também. E as mãos dele são lindas, grandes, fortes..."
A pele era lisa, parecia até que era tratada com mil cosméticos. Os olhos eu não ousava olhar. Nem o pescoço.
Voltei ao livro, mas era só pra disfarçar. Era de modo teatral que eu folhava as páginas com cara de quem estava compenetrada.
Nem percebi que ele se moveu e, quando levantei os olhos para procurá-lo no lugar em que estava antes, não o achei mais. Fiquei buscando de um lado para o outro até onde meus olhos alcançavam, mas ele havia sumido.
Foi quando chamaram o vôo e eu me dirigi ao portão de embarque. Entrei rápido pois, como os lugares não estavam marcados, pude ir direto pros assentos das saídas de emergência (são mais espaçosos e me dão mais liberdade - não que eu precise de tanto espaço com pernas tão curtas, mas o espaço mínimo nos demais assentos me deixa sufocada!).
Peguei meu livro já lamentando ter perdido o gatíssimo de vista pelos saguões do Galeão. Comecei, então, a ler de verdade.
Nesta hora, o comissário se aproximou e me pediu licença. Levantei os olhos e vi que ele estava acompanhado pelo moço moreno. Perguntou se ele poderia sentar-se ao meu lado, já que ele precisava de lugar para acomodar as pernas.
"É óbvio que pode né, moço? E eu vou lá me negar a viajar ao lado de um bofe desses?"
Respondi que sim com um sorriso e voltei ao livro numa encenação digna de Oscar!
Aquele perfume maravilhoso já invadia meu cérebro fraco e inconseqüente há alguns segundos.
- Esse livro deve ser interessante, pois você não tira os olhos dele desde que sentou na sala de embarque...
E eu só consegui responder:
- Nem tanto... Mas serve pra passar o tempo!
"Como assim 'nem tanto'??? Demorou horrores pra eu, finalmente, adquirir!"
- Pelo sotaque, é de Porto Alegre...
Então, lentamente eu fechei o livro e olhei os olhos (e o pescoço... e o resto todo...), enquanto ele falava e falava e falava...
E eu sorria, sorria e sorria 'abobadamente' sem ligar muito pro que ele dizia...
- Hã?
- Tô indo visitar meu namorado que faz doutorado em História.
- Ah... legal...
"Por onde anda meu 'gaydar' numa hora dessas? Nas nuvens? Como ele se desliga assim??? Devem ser essas antenas de aeroportos e seus radares ridículos que interferiram no meu sinal! Bem vestido, lindo, usando Acqua Di Gio na medida exata? Só podia ser gay!!! "
Ganhei do Antônio:
E repasso para:
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Los torpes...
torpe¹
tor.pe¹
(ô) adj m+f (lat torpidu) 1 Que entorpece. 2 Acompanhado de entorpecimento. 3 Em que há torpor; entorpecido. 4 Que não tem movimentos livres. 5 Falto de habilidade e destreza. 6 Acanhado, embaraçado.
torpe²
tor.pe²
(ô) adj m+f (lat turpe) 1 Desonesto, impudico. 2 Indecoroso, infame, vergonhoso. 3 Indecente, obsceno. 4 Ignóbil, sórdido. 5 Asqueroso, nojento, repugnante. 6 Maculado, manchado, sujo. Antôn (acepção 4): nobre, elevado.
Tenho que deixar claro que meu apoio é aos torpes da primeira definição (mais precisamente das sub-definições 1 e 5), tá?
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Indicações...
Não, não é bula de remédio...
A) É que a linda da Gabi, do Mil Folhas, me desafiou a responder o Questionário de Proust. Pra mim, foi uma terapia realizar esta tarefa; foi como me olhar no espelho e fazer uma entrevista comigo mesma. E a sensação, ao final, foi muito boa. E eis aqui o dito cujo:
1. Qual é a sua maior qualidade?
Sinceridade.
2. E seu maior defeito?
Não voltar atrás.
3. A característica mais importante em um homem?
Inteligência.
4. E em uma mulher?
Idem.
5. O que você mais aprecia nos seus amigos?
A paciência.
6. Sua atividade favorita é...
"Diversão é solução pra mim!" (Titãs)
7. Qual a sua idéia de felicidade?
Uma cabana, uma lareira, os que eu amo e eu, ouvindo Blues Traveller, tomando vinho e dando muitas risadas.
8. E o que seria a maior das tragédias?
Não ser feliz.
9. Quem você gostaria de ser, se não fosse você mesmo?
Um clone de mim.
10. E onde gostaria de viver?
Na Toscana.
11. Qual sua cor favorita?
Azul.
12. Uma flor?
Girassol.
13. Um pássaro?
Beija-flor.
14. Seus autores preferidos?
Saramago, Vargas Llosa e Garcia Marquez.
15. Os poetas que mais gosta?
Neruda e Quintana.
16. Quem são seus heróis de ficção?
DareDevil (O Homem sem Medo).
17. E as heroínas?
Buttercup (PPG).
18. Seu compositor favorito é…
Chico.
19. E os pintores que você mais curte?
Miró e Dali.
20. Quem são suas heroínas na vida real?
Minha mãe e minha nona.
21. E quem são seus heróis?
Meu pai e meu nono.
22. Qual sua palavra favorita?
Liberdade.
23. O que você mais detesta?
Mentira.
24. Quais são os personagens históricos que você mais despreza?
Os ditadores.
25. Quais dons naturais você gostaria de possuir?
Autotrofia.
26. Como você gostaria de morrer?
Sem perceber.
27. Qual seu atual estado de espírito?
Alegre.
28. Que defeito é mais fácil perdoar?
Teimosia.
29. Qual é o lema da sua vida?
"E meu delírio é a experiência com coisas reais..." (Belchior)
*Lanço este desafio a quem quiser responder. E, por favor, ao responderem, deixem aqui um comentário avisando pra eu poder ler as respostas. ;)
B) A mesma Gabi, que é muito querida comigo, me deu este selinho que eu amei, pois me identifico e muito:
Que eu indico para:[P]
Alex
Samantha
C) E o meu amigo (e congelado a essas alturas) Antônio, me presenteou com este lindo selo, com o qual eu também tenho muita identificação:
Que eu vou mandar para minhas novas amigas blogueiras:
Anne
Ilaine
Vida
** PS: desculpem por andar meio sumida dos blogs, mas tenho um doutorado cheinho de coisas pra fazer. Ainda mais depois que eu ouvi uns boatos sobre uma possível conexão Porto Alegre-Viena em 2009. Imaginaram a menina aqui passando uns tempos no centro da Europa? =)
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Na volta...
Eu saí da academia totalmente destruída e suada. Tinha pressa em ir pra casa pois já era tarde e havia pouca gente na rua. Caminhava apressada, quando um homem chegou ao meu lado e falou: - Vou pegar uma carona contigo.
Assim, sem nenhum rodeio. Eu, atônita, depois de uma imediata carga de adrenalina (medo, pavor, susto, surpresa), perguntei:
- Por quê? (cara de 'que tipo de proteção eu posso te proporcionar com meus 159 cm? ')
A essas alturas, eu pensava que o cara ia me assaltar. Mas, coitado, se daria mal: além da chave de casa, eu só trazia na bolsa uma garrafa de água vazia e uma toalha suada.
Então ele começou a conversar e falou que me viu na academia, que ele também estava lá... e disse que me reconheceu pelo piercing na sobrancelha.
Eu apenas concordei ainda assustada.
Só depois de algum tempo é que ele mencionou o nome da instrutora da academia... E eu cheguei à conclusão que ele realmente estava lá. Ufa!
Aí eu comecei a reparar no cara: moreno, alto, bonito, corpo legal... Ele falou que entrou na academia há um mês apenas e o papo fluiu legal até eu chegar na frente de casa. Cara simpático, de atitude.
Quando eu entrei, após nos despedirmos com um 'te vejo amanhã!', cheguei à conclusão de que ele, talvez, estivesse com medo de andar à noite sozinho, afinal, ele contou que mora a pouco na capital.
"Coitado, devia estar procurando companhia pra não ser assaltado".
Na manhã seguinte, conto o acontecido à instrutora, que comenta:
- Ah... lembro dele sim. Ele é policial!
- !!!!!!!
* Bom... Nunca tive nenhum fetiche por fardas, mas este é um caso a se pensar... sem qualquer sombra de dúvida!
sábado, 31 de maio de 2008
Eu sei
A principal diferença entre nós dois, é que a tua paciência sempre te faz ganhar o nosso jogo. Eu sou a louca que está sempre correndo, sempre atrasada, sempre à beira de uma crise de gritos e blasfêmias. Tu és o cara que senta no bar e, de longe, fica observando, ouvindo, analisando a louca em seus surtos absurdos. O que nos distingue é essa tua forma de entender, de saber esperar, de me interpretar além das minhas palavras e gestos exagerados.
Porque eu sou muito mais do que as palavras que eu te falo. Sou muito mais do que esses textos que eu te escrevo. Sou muito além das mãos que dançam freneticamente no ar enquanto eu esbravejo minhas indignações. E tu tens a sensibilidade certa pra perceber as nuances nos meus olhares, nos meus atos, nos meus silêncios.
Ver-te agora, dormindo, me traz uma sensação esquisita: é como se uma voz ficasse repetindo no meu ouvido "egoísta! estúpida! insensível! mesquinha!"...
E, então, tu abres os olhos e, com o sorriso mais doce do mundo, sussurra:
- Aposto que já tá pensando besteira!
**Nossa! Tanta gente nova passando por aqui. Como vocês me acham??? rsss...
By the way, sejam sempre muito bem vindos!
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Confissões & Confidências...
A prosposta é responder a 15 questões, sendo 3 alegrias, 3 medos, 3 objetivos, 3 obsessões atuais/coleções, 3 fatos surpreendentes… e ao final, indicar para 5 pessoas.
As três alegrias:
1) encontrar com amigos no final de um dia cansativo pra bater papo e esquecer o estresse
2) brincar na piscina com um monte de crianças
3) dar gargalhadas ao relembrar de alguma viagem em que aconteceram coisas 'surreais'
Os três medos:
1) Perder quem eu amo
2) Ser assaltada
3) Ficar longe dos meus amores por muito tempo
Os três objetivos:
1) Acabar o doutorado
2) Conseguir um emprego legal
3) Poder viajar muito com o meu (futuro) salário
As três obsessões atuais:
1) Ir morar em Viena por uns meses
2) Aprender a me comunicar razoavelmente bem em alemão
3) Beijar na boca (mas isso é sempre)
Os três fatos surpreendentes (será que alguém se surpreende com algo vindo da minha pessoa?):
1) Adoro cuidar de mim (corpo e alma)
2) Às vezes acordo totalmente tarada
3) Consigo me apaixonar por mais de um cara ao mesmo tempo (e a consciência nem pesa)
Os cinco indicados:
1) Adriano
2) Carol
3) Flá
4) Júnior
5) Marcelo
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Hoje não dá...
(pause)
(play)
É lógico que eu já tinha tomado banho, é óbvio que meu cabelo estava lindo... Bom... mas e o charme? Precisava de meia hora pra pensar nas coisas que eu responderia às possíveis perguntas. Precisava fazer o ensaio mental dos prováveis diálogos. Precisava de tempo pra ligar pro resto do meu cérebro e combinar quais seriam as minhas falas, caras e bocas. Enfim...
(play)
E então a gente vai pra lá e pra cá em busca de um lugar pra comer. E acabamos ficando perto de casa mesmo. Pizza, conversa boa, risadas, histórias... Elogios, comentários, sorrisos... O tempo parece que pára quando eu estou contigo. Só que já é hora de ir pra casa. Aliás, é chegada a hora fatídica de 'ir pra casa'. Pra casa de quem?
(play)
Só espero que não demore muito...
Se demorar? Pelo menos dessa vez fui eu quem disse as palavras finais: ‘Hummmm... Hoje não vai dar!’
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Na locadora...
- Tudo bem, eu verei outros!
De repente alguém falou nas minhas costas:
- Oi, moça!
Quando eu olhei praquele sorriso, me derreti, como sempre. E ele deve saber de cor a minha reação porque é um sorriso malicioso de quem lê meus pensamentos obscenos e absurdos.
- Oi, moço!
Disfarcei olhando imediatamente para os filmes na prateleira. Nem sabia qual prateleira era. E eu estava bem em frente à prateleira de filmes de terror... Bom, nem preciso mencionar que eu não vejo filmes de terror, né?
- Não dá medo ver esses filmes à noite?
- É que eu assisto ao meio-dia. E só em dias de sol! (sorriso de retardada 1)
- Tá marcando chuva pro fim de semana...
- Então não vou levar! (sorriso de retardada 2)
Eu fico suando frio enquanto falo com ele. E por que ele chega tão perto? Deve ser porque sabe como eu me sinto. Impressionante.
Passei então pra prateleira dos filmes que eu gosto de ver e ele veio atrás. Ele usa um perfume que eu adoro. Acho que agarraria o pescoço dele se não tivesse meus princípios éticos e morais. Eu sou uma moça honesta, sim! E não posso esquecer isso jamais. Nem quando ele chega com esse cheiro de Animale...
- Posso indicar um filme? Acho que tu vai gostar desse... Se é que já não viu...
Imaginem a cara da pessoa que vos escreve quando ele mostra o filme "Pecados Ardentes". Devo ter ficado azul-marinho (como diz a Gabi).
Ele me mostra um filme com adultério? Justo ele, a pessoa que eu (nos meus mais sórdidos e pecaminosos sonhos) gostaria que cometesse este 'pecado ardente' comigo?
É claro que eu trouxe o filme. E outros dois que eu peguei no caminho até o corredor de saída.
E ele? Acho que só entrou na locadora pra me infernizar o espírito mesmo, porque saiu com as mãos tão vazias quanto entrou.
A mocinha do balcão me olhou sorrindo ao que eu respondi com um sorriso que fala tudo:
"Ah, se ele soubesse que, quando ele passa, meu mundo inteirinho se enche de graça..."
sábado, 17 de maio de 2008
Nomes e seus significados...
o qual ofereço a:
Também agradeço ao Adriano pelos selos:
Que eu repasso a
Alex
domingo, 11 de maio de 2008
Assim caminha a humanidade...
Ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro...
Melhorei porque aconteceram coisas novas. Novos projetos, novos resultados. Não, isso não te a ver com outra pessoa em absoluto. Se bem que... apareceu alguém sim. Um alguém que me faz rir, o que é bom. E só! Só o que eu preciso pra me sentir bem.
Natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim...
Eu sei. Tudo seria diferente se... se o que mesmo? Ah... é bom poder te ver reconhecendo essas coisas. É por isso que eu resolvi respeitar esse teu afastamento. Não tenho nada contra ti mas, pelo visto, tu tens. É claro que eu coloco a culpa em ti!
Ainda leva uma cara pra gente poder dar risada...
Pois é... passei um bom tempo procurando minhas falhas no final da nossa história. E não encontrei nada que me comprometesse. Egoísta? Acho que sim. Egoísta é uma palavra que te descreve bem. Eu achei que era algo da tua personalidade e acabava relevando as vezes em que as coisas que me empolgavam te faziam sentir sono. Mais tarde eu percebi que só o que te agrada é que importa, né?
Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade...
Não, isso não faz com que eu te odeie. Eu já te disse que sentimentos ruins nunca vão fazer parte de mim quando o assunto for a tua pessoa. Aprendi tanto... Sobre relacionamentos, sobre homens, sobre sedução, sobre mim. E depois de tanto aprender, só posso te agradecer.
Sinto carinho por todos aqueles momentos em que ficamos bem. Não me arrependo de nada. O que falou mais alto? O meu amor, é claro! Mas o meu amor por mim mesma.
Eu não podia mais viver sendo a tua válvula de escape. Sou muito pra ser só isso. Ah, estou sendo prepotente? Não acho. Estou sendo aquilo que sempre fui: sincera e franca. Sim, eu lembro das vezes em que tu me aconselhavas a não ser tão franca porque a franqueza beira à grosseria. Fazer o que se eu não tenho o esfíncter entre o cérebro e a boca? Quando vejo, já falei. Acho justo falar. Acho que falar o que incomoda, liberta a alma. E faz dormir mais leve... Então, tenho que falar mais uma vez:
Não vou dizer que foi ruim... Também não foi tão bom assim...
Tá, eu sei bem que não vou te enviar isso tudo. Vou continuar respeitando o teu silêncio e o teu distanciamento. Mal sabes tu que eu sei que estás vivo e bem. Tenho meus informantes, sempre tive. E se estás bem, fico bem também. Afinal...
Não imagine que te quero mal... apenas não te quero mais!
terça-feira, 29 de abril de 2008
Não consigo...
Brinco mentalmente com as letras, aguço os meus sentidos, monto metáforas muito frágeis e até inconsistentes. Desisto. Não consigo escrever.
Enquanto observo a chuva lá fora (que me faz perder a vontade de sair de casa) concluo que não consigo sequer pensar em algo para escrever.
Olho para o livro que está na cabeceira tentando imaginar alguma cena que poderia ser descrita. Espreguiço-me entre os travesseiros e edredons. Mas não consigo escrever.
Já sentada na cama. Caneta erguida na mão direita, suspensa no ar, caderno aberto sobre as pernas. Escrevo ainda à mão sempre que posso. Mas agora não consigo. Não posso. Não sei. Não consigo escrever. Digo isso em voz alta, como se pudesse me provocar. Articulo as palavras pensadas levemente e devagar. Não consigo escrever. Não digo que não sei, que não quero, que não posso. Digo somente isso que é o que acontece agora e que é a única coisa que importa.
Este é o verdadeiro problema a resolver. Não consigo escrever.
Penso em outros tempos em que as palavras fluíam com facilidade e que a mão não podia acompanhá-las, tal a velocidade com que surgiam na mente. Era uma época em que todo dia havia algo pra compartilhar, algo pra contar, algo pra reviver ou registrar.
Não consigo escrever, definitivamente. E talvez no fim de contas seja mais fácil ser sincera comigo mesma. A escrita é uma arte, é um dom, algo que prescinde um talento que eu não tenho.
A chuva insiste. O movimento na cama começa a cessar. O caderno cai no chão, depois a caneta. A imagem de um texto mentalmente pronto já se desfaz. O desejo de expressar o vazio acaba.
E é tão simples constatar: não consigo escrever. Hoje não.
terça-feira, 22 de abril de 2008
Inspirada num amor que nunca muda...
Já perdi a conta de quantas foram as situações em que vivemos juntos desde que nos encontramos. Havia até uma teoria de que jamais se poderia encontrar um dos dois se o outro não estivesse em um raio de 10m. E acho que isso continua a se confirmar.
É contra todas as leis da Física, todas as leis do Universo, todas as leis de Newton alguém tentar separar a gente porque nós dois dividimos o mesmo cérebro. E quando me falta uma parte dele (por distância ou impedimentos profissionais), eu sofro muito.
Lembro da vez em que me acabei chorando na frente do computador porque estava com uma saudade que doía. E declarei meu amor a ti pela milionésima vez... Depois desta, foram tantas outras! Já sofri por não entender que não poderia te chamar pra um café no meio da tarde já que tu estava a muitos quilômetros de distância.
Não são raros os nossos segredos, nem é incomum a nossa cumplicidade. Estranho é que muitos não entendem que a nossa proximidade já é necessária pra ambos e que isso é indivisível. Chato é ter que explicar: Não, a gente não tem nada 'de mais'! Sim, é amor mesmo! É, é pra vida toda.
Cumplicidade. Ninguém entenderia que até a natureza já nos fez passar por experiências marcantes juntos.
Dá pra esquecer o dia em que despretensiosamente caminhávamos por prédios onde raramente andamos (só em ocasiões desesperadoras, como a véspera daquele exame que tentou nos separar) e, de repente, aquela chuva fria e fina que caía se materializou em pequenos flocos? Era a neve! E nós estávamos juntos pra registrar aquele acontecimento! Aquilo pra nós foi muito mais do que neve: significou a oportunidade de compartilhar algo infinitamente emocionante com a única pessoa que entenderia aquilo tudo. Estávamos exatamente onde gostaríamos de estar. E juntos.
Alguém conseguiria não lembrar aquele início de tarde em que curtíamos um solzinho numa das nossas extensas conversas sobre a vida quando, de repente, um besouro (ou alguém da família dele, porque tinha élitros) resolveu passear bem próximo a nós, se exibindo e fazendo barulho? E eis que surge um pássaro e abocanha o inseto a uns poucos centímetros dos nossos olhos, numa cena no maior estilo Discovery Channel que nunca ninguém poderia ousar que veria ao vivo. Nós dois vimos. E estávamos juntos, mais uma vez. Poderemos contar essa história a muita gente e talvez poucos entendam o quanto ela significa. Por que não viram. Ou porque ninguém é como nós!
Esta nossa vida pode até parecer comum aos olhos de muitos, mas que só nós sabemos o quanto nos custa. E eu amo saber que a qualquer hora posso te chamar pra um passeio no final da tarde lá onde a gente passa horas a observar as ‘paisagens’ que tanto amamos. E trocar confidências. E trocar idéias. E trocar de lugar.
Somos nós... Só nós dois, o pássaro e a neve!
domingo, 20 de abril de 2008
Tarefa passada pelo Júnior...
2. Conhecer Praga, Amsterdã e Viena em uma viagem de mochila sem compromisso com datas, com uma companhia legal e de trem!
3. Transar com três homens ao mesmo tempo! hahahaha... Claro que não, né? Imagina se eles resolvem 'se pegar' e eu fico sobrando? Foi só pra fazer menção ao nº3 do Júnior.
4. Aí, depois, eu quero "preparar outra pessoa"... ou duas, ou três... Bebês gostam de mim e eu gosto deles. Acho que levo jeito. E deve ser ótima a sensação de me ver em gestos, traços e passos...
5. Mas pra preparar a pessoinha, tenho que conhecer outro grande amor. Sim, porque quero ter filhos com alguém que eu ame pra sempre. 'Que não seja imortal, mas que seja infinito' e seja meu parceiro incondicional pra ter filhos comigo.
6. Ter um refúgio em um lugar frio. Tomar vinho em frente à lareira, lendo um bom livro numa poltrona maravilhosa de veludo.
7. Conseguir ter uma vida legal fazendo o que eu amo.
8. Conhecer a Itália e a Espanha dos meus antepassados (Sicília e Catalunha), de onde meus familiares vieram e virar cidadã pra poder voltar lá várias vezes.
Agora vamos aos 8 escolhidos para responder essa "terapia":
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quinta-feira, 17 de abril de 2008
Uma noite dessas...
O lugar é perfeito para ouvir as músicas que estão sempre em seus playlists. Ambiente bacana. Gente que é a cara dos dois. A cada música que começa, é um misto de surpresa e alegria nos rostos.
Eles chegaram um pouco tarde pra arranjar mesa. Então, ficam em pé perto do bar. Os amigos já estão todos lá e olham com curiosidade quando vêem os dois entrando. As coisas acontecem com alguma explicação? Como é que nunca pensaram em aproximá-los antes?
Os dois chegam e já vão distribuindo sorrisos. Eles são muito parecidos neste sentido. Se separam pra falar com os conhecidos, se juntam novamente pra pedir uma bebida... Se separam e se juntam a noite inteira como numa dança. Tem horas em que ele a perde de vista e fica dando pouca atenção à conversa enquanto seus olhos a buscam incessantemente. Até que a vê num canto com as outras. Ela percebe que ele a olha e pisca o olho esquerdo dando um sorriso. Ele acena com a cabeça totalmente sem jeito. Será que ela notou que ele a procurava? Ela ri por dentro porque percebe a vergonha nos olhos dele. Faz tão pouco tempo que se conhecem... Será que faz pouco mesmo?
O dono da festa aparece e rouba a cena. Rouba a moça e a leva pra pista. Ela dança feliz, ri muito e se solta. Todos sabem que ela age assim sempre: simpatia, sorrisos, educação. Ele não sabe. Faz tão pouco tempo que se conhecem... E então, na volta da dança ela se aproxima dele novamente. E o beija. Não dá pra acreditar em todas as coisas que ele sente quando ela faz essas coisas assim, do nada. Imprevisível. Deliciosamente imprevisível. E ele quer que ela fique ali com ele o tempo todo, pra todo mundo entender o que ele sente. Ela sai. Toca aquela bendita música e ela vai. Vai pra pista com as amigas. Ele diz pra si mesmo que não vai ficar olhando. E consegue? Inevitável.
Então ele resolve aderir e também sai de cena. Vai até o carro e dá um tempo. Quando volta, ela está no bar. Sentada e sozinha. Ele chega por trás e a abraça. Ela vira. Fica abraçada nele enquanto fala que quer ir embora. Ele sente que qualquer dúvida a respeito dela é besteira. Ela quer ficar com ele e mais ninguém.
- Nos divertimos muito juntos, né?
- É verdade.
- Deve ser por que somos engraçados.
- Ou por que estamos ficando bobos.
- Bobos?
- É como eu me refiro aos apaixonados.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Entrevistas...
Antônio: Por que resolveu criar um blog?
Mary: Eu comecei a escrever em 2004 como uma forma de me comunicar com um ex-namorado que morava em outra cidade. Pra ele saber as coisas que aconteciam e como eu estava me sentindo diariamente. Era um diário mesmo. Depois que o relacionamento acabou eu já estava viciada. Afinal, eu nem escrevia mais só pra ele. Algumas pessoas já tinham começado a me ler (e comentar) e eu peguei gosto pela coisa. Adoro ler blogs interessantes e trocar impressões através deles.
Antônio: O que te dá mais prazer em blogar?
Mary: Assim como o Antônio, meu prazer está justamente nessas trocas com outras pessoas. Eu gosto de receber todos no meu blog com suas idéias. Não precisam concordar comigo, mas deixando suas palavras a respeito do que eu escrevo, eu me sinto leve...
Antônio: Indique um blog bom e um blog que você não gosta (esse vai ser difícil) e por quê?
Mary: Nossa! Bom, a pergunta é um, então vou falar de um. Gosto do Gamella do FSJúnior. Ele tem um gosto musical incrível, adora cinema e escreve todo tipo de texto: crônicas, contos, poesias... e até as neuras do dia-a-dia, com um jeito bem peculiar e único. Listaria muitos, porque gosto de todos os que eu tenho linkados, mas não dá, né? Os que eu não gosto, não leio duas vezes. Então, não gravo!
Antônio: Que tipo de música e quais suas bandas favoritas?
Mary: Tenho um gosto variadíssimo. Gosto do tango eletrônico do Gotan Project, do pop alternativo do Pizzicato Five, de todos os Folk Rockers (principalmente o Bob Dylan e o Johnny Cash). Amo Radiohead, Coldplay, Keane, REM... No Brasil eu curto Los Hermanos e Maria Rita... o Chico sempre. Mais o que me apresentam e me agrada aos ouvidos.
Antônio: Qual o assunto que você mais gosta de postar?
Mary: Não tenho preferência. Escrevo conforme o humor do dia ou a necessidade de escrever pra libertar coisas que eu sinto.
Antônio: Seaquinevassevoceusavaesqui?
Mary: hã????
Antônio: Você é: casado (a), solteiro(a), separado(a), enrolado(a), desquitado(a), viúvo(a) ou outros?
Mary: Outros é ótimo! Acho que sou outra! Hehehe...
Antônio: Por que você deu este nome ao seu blog?
Mary: A música “Uma Menina” do Chico me faz pensar tanto... Principalmente no quanto eu gostaria de ser distraída, às vezes. Por isso o nome.
Antônio: Qual foi o último blog que você visitou?
Mary: O do Antônio (que eu adoro - o blog e ele). Fui lá buscar o meme pra responder. O guri tem um jeito muito legal de escrever. E tem tanto chão pela frente... ainda convenço ele a lançar um livro!
Antônio: Por que resolveu participar deste meme?
Mary: Os motivos são os mesmos do Antônio
“Porque sabatina é comigo mesmo. Gosto desses métodos inventivos da blogoesfera, que proporcionam interatividade entre as pessoas. E, claro, porque não pago impostos para falar, responder e escrever.”
Respondo tudo sempre a quem me pergunta!
1) Sobre mim
# Tenho facilidade de falar em público
# Sempre dou meu ponto de vista, mesmo que seja contrário a todos
# Adoro ver filmes na tevê ou dvd
# Sou vaiadosa (não saio de casa sem brincos e rímel, por exemplo)
2) O que eu amo
# Cinema
# Música
# Livros
# Porto Alegre
3) O que eu não gosto
# Injustiça
# Ignorância
# Grosserias
# Sapos (odeio)
Achei legal pode falar mais de mim. Estes são meus penta! Pra continuar respondendo, indico:
Enjoy!
=)
sábado, 12 de abril de 2008
Na Falta de Idéias...
Amor Platônico
A expressão está equivocada, eu sei, mas não vou entrar na questão literal. Não avisem o Professor Moreno. Pode parecer um paradoxo em tempos de ficadas casuais, mas eu tenho um amor platônico, sim, aos 34* do segundo tempo.
Não, não estou trocando a possibilidade de um amor real de dores e delícias que a convivência implica, pelo amor perfeito que reside no reino da fantasia**. (De fato, ninguém nunca reclamou de chulé no amor platônico, não é?) Confesso que é um natural exercício lúdico de amar para o meu momento versão avulsa. Como toda brasileira, tenho um sonho de consumo. Não sei se se inscrevem ao mesmo tesouro patricinhas, marombeiras, boas partidos, hippies, bancárias, ou seja, nem idéia de como anda a concorrência.
Mas o que acontece é que cultivo o desejo de ter o olhar merecedor, o cortejo daquele homem esculpido pelas deusas bacantes.
Uns dias conversei com ele ao vivo, em outros, dei um olá no msn, e seu sorriso me transformou em náufraga afogada naquele encanto. Um latifúndio de mau caminho, Apolo moderno que me faz suspirar, como parece não combinar mais com uma guria contemporânea. Tanto revolucionaria a corte de Messalina como desbancaria o Brad.
Claro, amigas, essas palavras são apenas para uso próprio, alimento criativo para o meu sonho, coisa de mulher que se entende... Tal qual Vinícius de Moraes no poema "A mulher que passa"*, em que ele define com maestria seu desejo de amar uma linda desconhecida transeunte.
Defendida por manter o nome do moço no anonimato, me atrevo a divagar na mesma sintonia tímida que cultivava o primeiro amor no começo da adolescência. Com honrosa diferença de que a pretensa maturidade não me impede de tocar a vida sem ele, não subestima minha estima e ainda me rejuvenece! Resta deleitar com a possibilidade do páreo duro de tentar conquistá-lo. Capricho na audácia de achar que seu fã-clube é tão grande quanto a máfia siciliana, mas é meu olhar apenas.
Acho que sou uma razoável conversadora, seria esse meu talento pra atraí-lo. Ainda quero chegar triunfante com a ajuda da conjunção cósmica, se ela julgar que seremos felizes, colher os louros e saborear o moreno. E que as melhores coisas ainda aconteçam confidencialmente e na vida real, e como gostam de dizer as minhas amigas antecipando um providencial consolo, se "for pra ser".
(Patrícia Salvadori )
* No meu caso é 30!!!
** Eu sempre tenho um amor platônico (desde os 10 anos de idade). E nem tem como listar eles porque eu sempre acabo esquecendo dos coitados. A lista seria infinita. Me apaixono todo dia!
E ontem foi o baterista... Tenho uma queda... não! Tenho um abismo por bateristas. Ai ai...
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Cliquem [aqui] pra ver o lindo presente que eu ganhei do Adriano em forma de poesia! Fiquei muito emocionada em ver ele retratar alguns dos lugares que eu tanto amo e associá-los a mim. A-do-rei. E fiquei vaidosa, é claro.
Além do poema, ele também me presenteou com este selo:
O qual eu indico para:
Amanda,
Antônio,
Donaella ,
Flá e
M.
domingo, 6 de abril de 2008
"Alguma coisa está fora da ordem..."
É complicado estabelecer a linha intermediária entre certo e errado, entre bem e mal, entre bom e ruim. Prefiro acreditar que cada um tem seu modo de interpretar o mundo e cada um tem suas necessidades que justificam seus atos.
Em cima do muro? Não. Eu tenho minhas noções de certo/errado, mal/bem, bom/ruim que se aplicam a mim somente. Porque cuidar da vida de um ser (eu mesma, no caso) é muito complicado. E cuidar da vida do vizinho, do amigo, do colega, do parente é um fardo que eu não estou disposta a carregar.
Eu observo as pessoas a quem amo e procuro identificar se elas estão bem e felizes. Se não estão, procuro uma forma de tentar fazer se sentirem melhor. Se estiverem, eu jamais questiono as vias que a levaram a se sentir assim.
Diferenças existem pra nos provar que há diversas formas de atingir a felicidade. Quando uma forma não está atendendo às expectativas, tem-se a liberdade de escolher outra. E cada pessoa é única em seu conjunto de escolhas.
A sociedade nos impõe regras, é verdade. Subverter regras é um atentado ao bom funcionamento do coletivo! Elas existem pra organizar o convívio, pra direcionar os valores morais, pra condicionar a rotina e evitar as batalhas diárias que existiriam se não houvesse regras.
Mas nem por isso as pessoas têm que seguir convenções no intuito de 'copiar' modos de vida alheios. A vida não tem manual de instruções. Cada ser é único, Cada ser tem suas próprias pressões.
Entretanto, assim como a evolução humana aflora o positivo (que, a meu ver, é meramente o que traz o bem pessoal sem interferir no de outro ser), ela insufla sentimentos negativos (quando compromete o bem-estar do outros).
Bem-estar... bem-sentir... bem-viver.
A regra é clara: cada um na sua!
(escrevi pensando no texto que a Gabi me indicou sobre as 'diferenças')
* As pressões sociais, profissionais, familiares acabam liberando instintos selvagens de defesa: luta ou fuga (James-Lange/Cannon-Bard). Cabe ao cérebro 'desenvolvido' do Homo sapiens controlar sua selvageria. Há sim uma crescente inversão de valores na medida em que a humanidade caminha. Não há como negar. Ela está estampada nos jornais, nos noticiários de TV, nas conversas paralelas que ouvimos nas ruas.
** Escrevi sério hoje, né? Uiiii... Deu medo de mim! rssss.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Ausência...
Estranho sentir essas coisas depois de tanto tempo. Mas, por mais incrível que possa parecer, eu ainda sinto. E me pego pensando no teu despertar todas as manhas enquanto eu mesma desperto. E escolho minhas roupas só pra agradar os teus olhos. Como se isso fosse realmente voltar a acontecer.
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto
A cada palavra pronunciada, a cada sorriso, a cada 'dar de ombros', eu imagino que tu ainda me espreitas em algum canto, que ainda me observas as reações e que ainda analisas meu modo de pensar. Mesmo nas situações corriqueiras do dia-a-dia, é como se tu estivesses por perto. É como se nunca tivesses saído daqui.
Não te quero ter
Quero só que surjas em mim
Porque quando eu dizia 'definitivo' era exatamente isso que eu queria dizer.
* Vinícius de Moraes
- o da Jacinta;
- o da Letícia;
- o da Lizzie;
- o da Samantha;
- o da Toop e tantos outros...
sábado, 29 de março de 2008
"Quem tiver olhos para ler, que leia."
**UPDATE: as fotos do post anterior são de Montevidéu (pra quem não reconheceu ou leu alguns comentários de quem as reconheceu).
terça-feira, 25 de março de 2008
De volta...
Nossa! E pensar que quando decidimos viajar, há 3 meses, nem metade dessas coisas eram sequer sonhadas. Sabe um lugar em que tu pensa que jamais vai enjoar?
Eu passaria horas andando, conhecendo museus, monumentos, bares, cafés, praças, ruas... E à noite eu sairia pelos 'boliches', entrando em cada um deles pra me misturar aos diversos estilos que fazem do lugar uma sensação única.
E eu que pensei que a Páscoa inesquecível fosse a do ano passado... tsc tsc...
Esta foi simplesmente tudo de muito bom!