domingo, 6 de abril de 2008

"Alguma coisa está fora da ordem..."


E então alguém me pergunta como eu lido com as diferenças entre as pessoas e as opiniões... E eu respondo que não lido, eu convivo.
É complicado estabelecer a linha intermediária entre certo e errado, entre bem e mal, entre bom e ruim. Prefiro acreditar que cada um tem seu modo de interpretar o mundo e cada um tem suas necessidades que justificam seus atos.
Em cima do muro? Não. Eu tenho minhas noções de certo/errado, mal/bem, bom/ruim que se aplicam a mim somente. Porque cuidar da vida de um ser (eu mesma, no caso) é muito complicado. E cuidar da vida do vizinho, do amigo, do colega, do parente é um fardo que eu não estou disposta a carregar.
Eu observo as pessoas a quem amo e procuro identificar se elas estão bem e felizes. Se não estão, procuro uma forma de tentar fazer se sentirem melhor. Se estiverem, eu jamais questiono as vias que a levaram a se sentir assim.
Diferenças existem pra nos provar que há diversas formas de atingir a felicidade. Quando uma forma não está atendendo às expectativas, tem-se a liberdade de escolher outra. E cada pessoa é única em seu conjunto de escolhas.
A sociedade nos impõe regras, é verdade. Subverter regras é um atentado ao bom funcionamento do coletivo! Elas existem pra organizar o convívio, pra direcionar os valores morais, pra condicionar a rotina e evitar as batalhas diárias que existiriam se não houvesse regras.
Mas nem por isso as pessoas têm que seguir convenções no intuito de 'copiar' modos de vida alheios. A vida não tem manual de instruções. Cada ser é único, Cada ser tem suas próprias pressões.
Entretanto, assim como a evolução humana aflora o positivo (que, a meu ver, é meramente o que traz o bem pessoal sem interferir no de outro ser), ela insufla sentimentos negativos (quando compromete o bem-estar do outros).
Bem-estar... bem-sentir... bem-viver.
A regra é clara: cada um na sua!

(escrevi pensando no texto que a Gabi me indicou sobre as 'diferenças')


* As pressões sociais, profissionais, familiares acabam liberando instintos selvagens de defesa: luta ou fuga (James-Lange/Cannon-Bard). Cabe ao cérebro 'desenvolvido' do Homo sapiens controlar sua selvageria. Há sim uma crescente inversão de valores na medida em que a humanidade caminha. Não há como negar. Ela está estampada nos jornais, nos noticiários de TV, nas conversas paralelas que ouvimos nas ruas.


** Escrevi sério hoje, né? Uiiii... Deu medo de mim! rssss.


*** Agradeço muito à Letícia pela indicação ao Thinking Blogger Award! Adoro quando alguém que me lê o faz por gostar do que (e do modo como) eu escrevo.

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