terça-feira, 22 de abril de 2008

Inspirada num amor que nunca muda...



Já perdi a conta de quantas foram as situações em que vivemos juntos desde que nos encontramos. Havia até uma teoria de que jamais se poderia encontrar um dos dois se o outro não estivesse em um raio de 10m. E acho que isso continua a se confirmar.

É contra todas as leis da Física, todas as leis do Universo, todas as leis de Newton alguém tentar separar a gente porque nós dois dividimos o mesmo cérebro. E quando me falta uma parte dele (por distância ou impedimentos profissionais), eu sofro muito.

Lembro da vez em que me acabei chorando na frente do computador porque estava com uma saudade que doía. E declarei meu amor a ti pela milionésima vez... Depois desta, foram tantas outras! Já sofri por não entender que não poderia te chamar pra um café no meio da tarde já que tu estava a muitos quilômetros de distância.

Não são raros os nossos segredos, nem é incomum a nossa cumplicidade. Estranho é que muitos não entendem que a nossa proximidade já é necessária pra ambos e que isso é indivisível. Chato é ter que explicar: Não, a gente não tem nada 'de mais'! Sim, é amor mesmo! É, é pra vida toda.
Cumplicidade. Ninguém entenderia que até a natureza já nos fez passar por experiências marcantes juntos.

Dá pra esquecer o dia em que despretensiosamente caminhávamos por prédios onde raramente andamos (só em ocasiões desesperadoras, como a véspera daquele exame que tentou nos separar) e, de repente, aquela chuva fria e fina que caía se materializou em pequenos flocos? Era a neve! E nós estávamos juntos pra registrar aquele acontecimento! Aquilo pra nós foi muito mais do que neve: significou a oportunidade de compartilhar algo infinitamente emocionante com a única pessoa que entenderia aquilo tudo. Estávamos exatamente onde gostaríamos de estar. E juntos.

Alguém conseguiria não lembrar aquele início de tarde em que curtíamos um solzinho numa das nossas extensas conversas sobre a vida quando, de repente, um besouro (ou alguém da família dele, porque tinha élitros) resolveu passear bem próximo a nós, se exibindo e fazendo barulho? E eis que surge um pássaro e abocanha o inseto a uns poucos centímetros dos nossos olhos, numa cena no maior estilo Discovery Channel que nunca ninguém poderia ousar que veria ao vivo. Nós dois vimos. E estávamos juntos, mais uma vez. Poderemos contar essa história a muita gente e talvez poucos entendam o quanto ela significa. Por que não viram. Ou porque ninguém é como nós!

Esta nossa vida pode até parecer comum aos olhos de muitos, mas que só nós sabemos o quanto nos custa. E eu amo saber que a qualquer hora posso te chamar pra um passeio no final da tarde lá onde a gente passa horas a observar as ‘paisagens’ que tanto amamos. E trocar confidências. E trocar idéias. E trocar de lugar.

Somos nós... Só nós dois, o pássaro e a neve!

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