sexta-feira, 23 de maio de 2008

Hoje não dá...


Como assim? Depois de um ano inteirinho passado, tu resolve me chamar pra jantar? Aí tem! Claro que tem!

(pause)
Ah... Que mal há em um inocente jantar com um cara legal, com quem eu gosto de conversar? Ainda mais hoje que eu estou com o cabelo em dia, a roupa em dia, a pele em dia... Acho que, depois de tanto tempo, vai me fazer bem que ele me veja assim.
(play)

‘Tá bom, pode ser... Dá um tempinho pra eu tomar um banho rápido?’

(pause)
É lógico que eu já tinha tomado banho, é óbvio que meu cabelo estava lindo... Bom... mas e o charme? Precisava de meia hora pra pensar nas coisas que eu responderia às possíveis perguntas. Precisava fazer o ensaio mental dos prováveis diálogos. Precisava de tempo pra ligar pro resto do meu cérebro e combinar quais seriam as minhas falas, caras e bocas. Enfim...
(play)


Aí tu chega na hora marcada... Talvez uns três minutinhos depois, o que nem é atraso. Porém o que me deixou feliz (por dentro, porque eu jamais demonstraria isso pra ti) foi a tua cara de espanto ao me ver abrir a porta. Embasbacado! É assim que eu descrevo. Teu queixo caiu. E tu deixou escapar um 'Nossa!' que me fez me sentir vingada. Afinal, um ano né, meu bem? Confessa que esse ano me fez muito bem! E confessa que eu tenho talento pra disfarçar com aquele meu 'Sou prática, né? Te falei que não precisava de muito tempo!'.

(pause)
E então a gente vai pra lá e pra cá em busca de um lugar pra comer. E acabamos ficando perto de casa mesmo. Pizza, conversa boa, risadas, histórias... Elogios, comentários, sorrisos... O tempo parece que pára quando eu estou contigo. Só que já é hora de ir pra casa. Aliás, é chegada a hora fatídica de 'ir pra casa'. Pra casa de quem?
(play)

Não, eu não vim pra esse 'encontro' pra ser a presa. Hoje é dia da caça, coração! Tenho já na ponta da língua a resposta pra te dar. Aí, já na porta de casa, tu vem com essa mania de me beijar 'do nada' e me deixar sem reação. Nessas horas eu quase que mando tudo pro espaço... Mas não dá! Hoje não dá mesmo. Acredite ou não na minha desculpa, hoje é sim o meu dia de te dar o troco pelo tempão que eu esperei por esse convite. Nos esbarramos por aí? Pode ser!
Só espero que não demore muito...

Se demorar? Pelo menos dessa vez fui eu quem disse as palavras finais: ‘Hummmm... Hoje não vai dar!’

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