sábado, 28 de junho de 2008

O desastre...

Toda vez que eu o vejo, lembro da situação mais embaraçosa que já passei na frente de um pré-tendente. E não tem como agir normalmente. Nem sei se ele se importou com o ocorrido, mas eu nunca mais fui a mesma. Vamos à história...
Já fazia algum tempo que eu havia reparado nele. Lindo de morrer, com um sorriso impecável e um jeito meigo ao mesmo tempo. A meiguice se deve à timidez e não ao que ocorria com o meu parceiro de vôo, que fique claro.
Nunca comentei com ninguém sobre o quanto eu achava ele o homem-mais-lindo-do-universo porque eu não teria nenhuma chance mesmo. Ficava na minha, observando a beleza dele sempre que nos encontrávamos no almoço ou perto de casa (pois ele morava no meu bairro)
Acabei descobrindo o nome dele numa conversa com um amigo que tínhamos em comum. Descobri que ele trabalhava com Ecologia, que estava se especializando na área e afins.
Pois bem... um belo dia, o orkut resolveu pegar todo mundo desprevenido e dedurou os 'fuções' de perfis alheios. E ele tava lá no meu perfil!!! Em outras semanas, também achava ele por lá... me animei! Passei a olhar mais pra ele e a cumprimentar quando ele estava perto (por educação, é claro).
Mas pára e pensa: o cara-mais-gato-do-pedaço resolve monitorar meu orkut. A troco de que?
Então, numa noite em que eu deixava o campus, ao subir no ônibus, percebi que ele já estava lá. Íamos descer no mesmo lugar e eu passei a viagem inteira (40 min) pensando nas coisas que poderíamos conversar do ponto até a esquina que nos separaria. Sentei mais à frente dele e fingi que não vi que ele estava no ônibus. Estava totalmente decidida a puxar assunto assim que ele descesse... 'Nossa, estávamos no mesmo ônibus e eu nem te vi!'
Enfim, chegou a hora de descer do ônibus e eu levantei totalmente segura de mim. Caminhei até a porta e percebi, pelo reflexo do vidro, que ele estava logo atrás. Beleza!
Beleza? Quando eu saltei do ônibus, meu pé escapou da plataforma e eu fiquei 'nadando no ar' pra não cair. Parecia uma mariposa se debatendo perto do calor de uma lâmpada incandescente. O horror! Consegui me equilibrar e comecei a andar sem pensar.
Andava, andava, andava... rápido pra ele não me alcançar. Que vergonha, que vexame, que absurdo!!! O pior era ouvir os passos dele se aproximando e, a cada passo que ele dava, eu acelerava ainda mais os meus. Chegavam a doer minhas pernas de tanto que eu apressava.
Depois de dois quarteirões, a desgraça se sucedeu. O infeliz do sinal resolveu fechar e eu parei numa esquina. Instintivamente, eu senti que ele parou do meu lado. A situação ficou complicada e eu optei simplesmente por não olha pra nenhum lado. Então ele fala:
- Oi. Estávamos no mesmo ônibus e eu nem tinha te visto!
A primeira coisa que me passou pela cabeça foi: Por que tu não morre???
Dei um sorriso amarelo e falei:
- Ah é? Não te vi também... (num tom de desinteresse e antipatia, que disfarçava a vergonha e a vontade de sumir instantaneamente).
Ele só se despediu:
- Bom, eu dobro aqui. Até mais ver!
E eu, totalmente indiferente:
- Tchau...
Nunca mais tive coragem de olhar praquele bofe. Só se for pra desviar o caminho. Deus fez com que ele mudasse de bairro. E acabou! Ele não apareceu mais no meu orkut também.
Quem mandou falar comigo no dia em que a Bridget Jones resolveu tomar conta dos meus membros inferiores, moço? Não dá pra ficar de bom humor depois de eu ter literalmente 'descido do salto'!
Me poupe, gatíssimo... Mesmo tu que tu continue sendo o cara-mais-perfeito-de-todo-o-campus e continue a olhar em minha direção sempre que nos esbarramos por lá, eu me considero mais a mulher que desperta teus mais íntimos desejos. A menos que sejam os desejos de gargalhar...

sábado, 21 de junho de 2008

Nas nuvens...

Enquanto aguardava o vôo da conexão, notei aquele cara que saiu do mesmo destino que eu e que passou as horas em que aguardei o atraso do vôo na mesma sala de embarque comigo.
Na verdade, eu já havia botado o olho nele lá em BH mesmo. Não tinha como não reparar. Que corpo lindo ele tinha! O rosto também era bonito. E como era alto! Imaginei que praticasse algum esporte... e com freqüência! Pensei ainda no frio que ele iria sentir assim que descesse em Porto Alegre. Aquela blusa fina o faria congelar. Tadinho...
Resolvi parar de olhar porque ele acabaria percebendo. Então, afundei os óculos no meu recém adquirido "Evolution in Four Dimensions" (livro que eu procurei por um tempão), mas era difícil ler se não conseguia parar de analisar o cara.
Sempre gostei de homens morenos...

"Gosto de mãos, de pele, de pescoço e olhos também. E as mãos dele são lindas, grandes, fortes..."

A pele era lisa, parecia até que era tratada com mil cosméticos. Os olhos eu não ousava olhar. Nem o pescoço.
Voltei ao livro, mas era só pra disfarçar. Era de modo teatral que eu folhava as páginas com cara de quem estava compenetrada.
Nem percebi que ele se moveu e, quando levantei os olhos para procurá-lo no lugar em que estava antes, não o achei mais. Fiquei buscando de um lado para o outro até onde meus olhos alcançavam, mas ele havia sumido.
Foi quando chamaram o vôo e eu me dirigi ao portão de embarque. Entrei rápido pois, como os lugares não estavam marcados, pude ir direto pros assentos das saídas de emergência (são mais espaçosos e me dão mais liberdade - não que eu precise de tanto espaço com pernas tão curtas, mas o espaço mínimo nos demais assentos me deixa sufocada!).
Peguei meu livro já lamentando ter perdido o gatíssimo de vista pelos saguões do Galeão. Comecei, então, a ler de verdade.
Nesta hora, o comissário se aproximou e me pediu licença. Levantei os olhos e vi que ele estava acompanhado pelo moço moreno. Perguntou se ele poderia sentar-se ao meu lado, já que ele precisava de lugar para acomodar as pernas.

"É óbvio que pode né, moço? E eu vou lá me negar a viajar ao lado de um bofe desses?"

Respondi que sim com um sorriso e voltei ao livro numa encenação digna de Oscar!
Aquele perfume maravilhoso já invadia meu cérebro fraco e inconseqüente há alguns segundos.
- Esse livro deve ser interessante, pois você não tira os olhos dele desde que sentou na sala de embarque...
E eu só consegui responder:
- Nem tanto... Mas serve pra passar o tempo!

"Como assim 'nem tanto'??? Demorou horrores pra eu, finalmente, adquirir!"

- Pelo sotaque, é de Porto Alegre...
Então, lentamente eu fechei o livro e olhei os olhos (e o pescoço... e o resto todo...), enquanto ele falava e falava e falava...
E eu sorria, sorria e sorria 'abobadamente' sem ligar muito pro que ele dizia...
- Hã?
- Tô indo visitar meu namorado que faz doutorado em História.
- Ah... legal...


"Por onde anda meu 'gaydar' numa hora dessas? Nas nuvens? Como ele se desliga assim??? Devem ser essas antenas de aeroportos e seus radares ridículos que interferiram no meu sinal! Bem vestido, lindo, usando Acqua Di Gio na medida exata? Só podia ser gay!!! "

Ganhei do Antônio:
E repasso para:




Que são paradas obrigatórias pra mim faz tempo!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Los torpes...



Algumas pessoas andaram perguntando sobre o selo que a Gabi me deu e seu significado. Por isso, resolvi colocar aqui as duas definições do dicionário da língua portuguesa.

torpe¹
tor.pe¹
(ô) adj m+f (lat torpidu) 1 Que entorpece. 2 Acompanhado de entorpecimento. 3 Em que há torpor; entorpecido. 4 Que não tem movimentos livres. 5 Falto de habilidade e destreza. 6 Acanhado, embaraçado.

torpe²
tor.pe²
(ô) adj m+f (lat turpe) 1 Desonesto, impudico. 2 Indecoroso, infame, vergonhoso. 3 Indecente, obsceno. 4 Ignóbil, sórdido. 5 Asqueroso, nojento, repugnante. 6 Maculado, manchado, sujo. Antôn (acepção 4): nobre, elevado.

Tenho que deixar claro que meu apoio é aos torpes da primeira definição (mais precisamente das sub-definições 1 e 5), tá?

E as pessoas pra quem eu eu indiquei o selo foi também pelo mesmo motivo: acredito que apoiamos os seres 'entorpecentes & desajeitadinhos' porque somos pessoas igualmente 'torpes' algumas vezes!

A definição dois faria de nós pessoas que julgam as outras e esse, definitivamente, não é o meu caso! Mesmo por que, achei algumas incoerências na segunda definição. Tipo, eu não apoio os desonestos, nem os nojentos ou asquerosos; mas não tenho absolutamente nada contra os obscenos e indecentes!!!
Creio que en español, a definição dois nem exista!


PS: continuo beeeemmmm enrolada, mas a medida em que o tempo vai passando, vou voltando ao normal. Prometo! ;)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Indicações...


Não, não é bula de remédio...



A) É que a linda da Gabi, do Mil Folhas, me desafiou a responder o Questionário de Proust. Pra mim, foi uma terapia realizar esta tarefa; foi como me olhar no espelho e fazer uma entrevista comigo mesma. E a sensação, ao final, foi muito boa. E eis aqui o dito cujo:

1. Qual é a sua maior qualidade?
Sinceridade.

2. E seu maior defeito?
Não voltar atrás.

3. A característica mais importante em um homem?
Inteligência.

4. E em uma mulher?
Idem.

5. O que você mais aprecia nos seus amigos?
A paciência.

6. Sua atividade favorita é...
"Diversão é solução pra mim!" (Titãs)

7. Qual a sua idéia de felicidade?
Uma cabana, uma lareira, os que eu amo e eu, ouvindo Blues Traveller, tomando vinho e dando muitas risadas.

8. E o que seria a maior das tragédias?
Não ser feliz.

9. Quem você gostaria de ser, se não fosse você mesmo?
Um clone de mim.

10. E onde gostaria de viver?
Na Toscana.

11. Qual sua cor favorita?
Azul.

12. Uma flor?
Girassol.

13. Um pássaro?
Beija-flor.

14. Seus autores preferidos?
Saramago, Vargas Llosa e Garcia Marquez.

15. Os poetas que mais gosta?
Neruda e Quintana.

16. Quem são seus heróis de ficção?
DareDevil (O Homem sem Medo).

17. E as heroínas?
Buttercup (PPG).

18. Seu compositor favorito é…
Chico.

19. E os pintores que você mais curte?
Miró e Dali.

20. Quem são suas heroínas na vida real?
Minha mãe e minha nona.

21. E quem são seus heróis?
Meu pai e meu nono.

22. Qual sua palavra favorita?
Liberdade.

23. O que você mais detesta?
Mentira.

24. Quais são os personagens históricos que você mais despreza?
Os ditadores.

25. Quais dons naturais você gostaria de possuir?
Autotrofia.

26. Como você gostaria de morrer?
Sem perceber.

27. Qual seu atual estado de espírito?
Alegre.

28. Que defeito é mais fácil perdoar?
Teimosia.

29. Qual é o lema da sua vida?
"E meu delírio é a experiência com coisas reais..." (Belchior)

*Lanço este desafio a quem quiser responder. E, por favor, ao responderem, deixem aqui um comentário avisando pra eu poder ler as respostas. ;)

B) A mesma Gabi, que é muito querida comigo, me deu este selinho que eu amei, pois me identifico e muito:

Que eu indico para:
[P]
Alex
Samantha


C) E o meu amigo (e congelado a essas alturas) Antônio, me presenteou com este lindo selo, com o qual eu também tenho muita identificação:

Que eu vou mandar para minhas novas amigas blogueiras:
Anne
Ilaine
Vida


** PS: desculpem por andar meio sumida dos blogs, mas tenho um doutorado cheinho de coisas pra fazer. Ainda mais depois que eu ouvi uns boatos sobre uma possível conexão Porto Alegre-Viena em 2009. Imaginaram a menina aqui passando uns tempos no centro da Europa? =)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Na volta...

Eu saí da academia totalmente destruída e suada. Tinha pressa em ir pra casa pois já era tarde e havia pouca gente na rua. Caminhava apressada, quando um homem chegou ao meu lado e falou: - Vou pegar uma carona contigo.
Assim, sem nenhum rodeio. Eu, atônita, depois de uma imediata carga de adrenalina (medo, pavor, susto, surpresa), perguntei:
- Por quê? (cara de 'que tipo de proteção eu posso te proporcionar com meus 159 cm? ')
A essas alturas, eu pensava que o cara ia me assaltar. Mas, coitado, se daria mal: além da chave de casa, eu só trazia na bolsa uma garrafa de água vazia e uma toalha suada.
Então ele começou a conversar e falou que me viu na academia, que ele também estava lá... e disse que me reconheceu pelo piercing na sobrancelha.
Eu apenas concordei ainda assustada.
Só depois de algum tempo é que ele mencionou o nome da instrutora da academia... E eu cheguei à conclusão que ele realmente estava lá. Ufa!
Aí eu comecei a reparar no cara: moreno, alto, bonito, corpo legal... Ele falou que entrou na academia há um mês apenas e o papo fluiu legal até eu chegar na frente de casa. Cara simpático, de atitude.
Quando eu entrei, após nos despedirmos com um 'te vejo amanhã!', cheguei à conclusão de que ele, talvez, estivesse com medo de andar à noite sozinho, afinal, ele contou que mora a pouco na capital.
"Coitado, devia estar procurando companhia pra não ser assaltado".
Na manhã seguinte, conto o acontecido à instrutora, que comenta:
- Ah... lembro dele sim. Ele é policial!
- !!!!!!!

* Bom... Nunca tive nenhum fetiche por fardas, mas este é um caso a se pensar... sem qualquer sombra de dúvida!

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