terça-feira, 29 de abril de 2008

Não consigo...


Não consigo escrever. Me faltam as letras, as histórias, as idéias... Estão ausentes as palavras e as certezas. Não consigo colocar em um texto aquelas velhas convicções. Não consigo escrever.
Brinco mentalmente com as letras, aguço os meus sentidos, monto metáforas muito frágeis e até inconsistentes. Desisto. Não consigo escrever.
Enquanto observo a chuva lá fora (que me faz perder a vontade de sair de casa) concluo que não consigo sequer pensar em algo para escrever.
Olho para o livro que está na cabeceira tentando imaginar alguma cena que poderia ser descrita. Espreguiço-me entre os travesseiros e edredons. Mas não consigo escrever.
Já sentada na cama. Caneta erguida na mão direita, suspensa no ar, caderno aberto sobre as pernas. Escrevo ainda à mão sempre que posso. Mas agora não consigo. Não posso. Não sei. Não consigo escrever. Digo isso em voz alta, como se pudesse me provocar. Articulo as palavras pensadas levemente e devagar. Não consigo escrever. Não digo que não sei, que não quero, que não posso. Digo somente isso que é o que acontece agora e que é a única coisa que importa.
Este é o verdadeiro problema a resolver. Não consigo escrever.
Penso em outros tempos em que as palavras fluíam com facilidade e que a mão não podia acompanhá-las, tal a velocidade com que surgiam na mente. Era uma época em que todo dia havia algo pra compartilhar, algo pra contar, algo pra reviver ou registrar.
Não consigo escrever, definitivamente. E talvez no fim de contas seja mais fácil ser sincera comigo mesma. A escrita é uma arte, é um dom, algo que prescinde um talento que eu não tenho.
A chuva insiste. O movimento na cama começa a cessar. O caderno cai no chão, depois a caneta. A imagem de um texto mentalmente pronto já se desfaz. O desejo de expressar o vazio acaba.
E é tão simples constatar: não consigo escrever. Hoje não.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Inspirada num amor que nunca muda...



Já perdi a conta de quantas foram as situações em que vivemos juntos desde que nos encontramos. Havia até uma teoria de que jamais se poderia encontrar um dos dois se o outro não estivesse em um raio de 10m. E acho que isso continua a se confirmar.

É contra todas as leis da Física, todas as leis do Universo, todas as leis de Newton alguém tentar separar a gente porque nós dois dividimos o mesmo cérebro. E quando me falta uma parte dele (por distância ou impedimentos profissionais), eu sofro muito.

Lembro da vez em que me acabei chorando na frente do computador porque estava com uma saudade que doía. E declarei meu amor a ti pela milionésima vez... Depois desta, foram tantas outras! Já sofri por não entender que não poderia te chamar pra um café no meio da tarde já que tu estava a muitos quilômetros de distância.

Não são raros os nossos segredos, nem é incomum a nossa cumplicidade. Estranho é que muitos não entendem que a nossa proximidade já é necessária pra ambos e que isso é indivisível. Chato é ter que explicar: Não, a gente não tem nada 'de mais'! Sim, é amor mesmo! É, é pra vida toda.
Cumplicidade. Ninguém entenderia que até a natureza já nos fez passar por experiências marcantes juntos.

Dá pra esquecer o dia em que despretensiosamente caminhávamos por prédios onde raramente andamos (só em ocasiões desesperadoras, como a véspera daquele exame que tentou nos separar) e, de repente, aquela chuva fria e fina que caía se materializou em pequenos flocos? Era a neve! E nós estávamos juntos pra registrar aquele acontecimento! Aquilo pra nós foi muito mais do que neve: significou a oportunidade de compartilhar algo infinitamente emocionante com a única pessoa que entenderia aquilo tudo. Estávamos exatamente onde gostaríamos de estar. E juntos.

Alguém conseguiria não lembrar aquele início de tarde em que curtíamos um solzinho numa das nossas extensas conversas sobre a vida quando, de repente, um besouro (ou alguém da família dele, porque tinha élitros) resolveu passear bem próximo a nós, se exibindo e fazendo barulho? E eis que surge um pássaro e abocanha o inseto a uns poucos centímetros dos nossos olhos, numa cena no maior estilo Discovery Channel que nunca ninguém poderia ousar que veria ao vivo. Nós dois vimos. E estávamos juntos, mais uma vez. Poderemos contar essa história a muita gente e talvez poucos entendam o quanto ela significa. Por que não viram. Ou porque ninguém é como nós!

Esta nossa vida pode até parecer comum aos olhos de muitos, mas que só nós sabemos o quanto nos custa. E eu amo saber que a qualquer hora posso te chamar pra um passeio no final da tarde lá onde a gente passa horas a observar as ‘paisagens’ que tanto amamos. E trocar confidências. E trocar idéias. E trocar de lugar.

Somos nós... Só nós dois, o pássaro e a neve!

domingo, 20 de abril de 2008

Tarefa passada pelo Júnior...


O "carinha do Gamella", me deixou uma tarefa.

Como vem do Júnior, vou tentar seguir a linha de respostas dele. Por que? Ah... eu gosto do jeito que ele escreve. E o humor dele é bem parecido com o meu. Portanto seguem aqui as 8 coisas que eu gostaria de realizar antes de morrer:
1. Comprar um apartamento só meu e decorar do meu jeito...

2. Conhecer Praga, Amsterdã e Viena em uma viagem de mochila sem compromisso com datas, com uma companhia legal e de trem!

3. Transar com três homens ao mesmo tempo! hahahaha... Claro que não, né? Imagina se eles resolvem 'se pegar' e eu fico sobrando? Foi só pra fazer menção ao nº3 do Júnior.
Na verdade, o meu nº3 é ter uma cachorra. Pra eu ver se consigo cuidar de um outro ser vivo que dependa de mim...

4. Aí, depois, eu quero "preparar outra pessoa"... ou duas, ou três... Bebês gostam de mim e eu gosto deles. Acho que levo jeito. E deve ser ótima a sensação de me ver em gestos, traços e passos...

5. Mas pra preparar a pessoinha, tenho que conhecer outro grande amor. Sim, porque quero ter filhos com alguém que eu ame pra sempre. 'Que não seja imortal, mas que seja infinito' e seja meu parceiro incondicional pra ter filhos comigo.

6. Ter um refúgio em um lugar frio. Tomar vinho em frente à lareira, lendo um bom livro numa poltrona maravilhosa de veludo.

7. Conseguir ter uma vida legal fazendo o que eu amo.

8. Conhecer a Itália e a Espanha dos meus antepassados (Sicília e Catalunha), de onde meus familiares vieram e virar cidadã pra poder voltar lá várias vezes.

Confesso que foram as primeiras 8 coisas que me passaram na cabeça, mas... tem muita coisa que eu gostaria de fazer ainda. Acho que se realizar umas 100 das coisas que eu penso, tá legal já!

Agora vamos aos 8 escolhidos para responder essa "terapia":



- Alex



- Gabi



_____________________________________________________________

Falando na menina do Toop, ela me presenteou com este selinho aqui:




Que eu repasso para:

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Uma noite dessas...


O lugar é perfeito para ouvir as músicas que estão sempre em seus playlists. Ambiente bacana. Gente que é a cara dos dois. A cada música que começa, é um misto de surpresa e alegria nos rostos.
Eles chegaram um pouco tarde pra arranjar mesa. Então, ficam em pé perto do bar. Os amigos já estão todos lá e olham com curiosidade quando vêem os dois entrando. As coisas acontecem com alguma explicação? Como é que nunca pensaram em aproximá-los antes?
Os dois chegam e já vão distribuindo sorrisos. Eles são muito parecidos neste sentido. Se separam pra falar com os conhecidos, se juntam novamente pra pedir uma bebida... Se separam e se juntam a noite inteira como numa dança. Tem horas em que ele a perde de vista e fica dando pouca atenção à conversa enquanto seus olhos a buscam incessantemente. Até que a vê num canto com as outras. Ela percebe que ele a olha e pisca o olho esquerdo dando um sorriso. Ele acena com a cabeça totalmente sem jeito. Será que ela notou que ele a procurava? Ela ri por dentro porque percebe a vergonha nos olhos dele. Faz tão pouco tempo que se conhecem... Será que faz pouco mesmo?
O dono da festa aparece e rouba a cena. Rouba a moça e a leva pra pista. Ela dança feliz, ri muito e se solta. Todos sabem que ela age assim sempre: simpatia, sorrisos, educação. Ele não sabe. Faz tão pouco tempo que se conhecem... E então, na volta da dança ela se aproxima dele novamente. E o beija. Não dá pra acreditar em todas as coisas que ele sente quando ela faz essas coisas assim, do nada. Imprevisível. Deliciosamente imprevisível. E ele quer que ela fique ali com ele o tempo todo, pra todo mundo entender o que ele sente. Ela sai. Toca aquela bendita música e ela vai. Vai pra pista com as amigas. Ele diz pra si mesmo que não vai ficar olhando. E consegue? Inevitável.
Então ele resolve aderir e também sai de cena. Vai até o carro e dá um tempo. Quando volta, ela está no bar. Sentada e sozinha. Ele chega por trás e a abraça. Ela vira. Fica abraçada nele enquanto fala que quer ir embora. Ele sente que qualquer dúvida a respeito dela é besteira. Ela quer ficar com ele e mais ninguém.
- Nos divertimos muito juntos, né?
- É verdade.
- Deve ser por que somos engraçados.
- Ou por que estamos ficando bobos.
- Bobos?
- É como eu me refiro aos apaixonados.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Entrevistas...


Olha que legal... Na falta de inspiração, recebo esse incentivo! O Antônio resolveu me indicar pra um meme/entrevista. Desse modo eu falo o que eu penso em forma de respostas!!! Adorei, guri! Sou tua fã e tu sabe disso. ;)

Antônio: Por que resolveu criar um blog?
Mary: Eu comecei a escrever em 2004 como uma forma de me comunicar com um ex-namorado que morava em outra cidade. Pra ele saber as coisas que aconteciam e como eu estava me sentindo diariamente. Era um diário mesmo. Depois que o relacionamento acabou eu já estava viciada. Afinal, eu nem escrevia mais só pra ele. Algumas pessoas já tinham começado a me ler (e comentar) e eu peguei gosto pela coisa. Adoro ler blogs interessantes e trocar impressões através deles.

Antônio: O que te dá mais prazer em blogar?
Mary: Assim como o Antônio, meu prazer está justamente nessas trocas com outras pessoas. Eu gosto de receber todos no meu blog com suas idéias. Não precisam concordar comigo, mas deixando suas palavras a respeito do que eu escrevo, eu me sinto leve...

Antônio: Indique um blog bom e um blog que você não gosta (esse vai ser difícil) e por quê?
Mary: Nossa! Bom, a pergunta é um, então vou falar de um. Gosto do Gamella do FSJúnior. Ele tem um gosto musical incrível, adora cinema e escreve todo tipo de texto: crônicas, contos, poesias... e até as neuras do dia-a-dia, com um jeito bem peculiar e único. Listaria muitos, porque gosto de todos os que eu tenho linkados, mas não dá, né? Os que eu não gosto, não leio duas vezes. Então, não gravo!

Antônio: Que tipo de música e quais suas bandas favoritas?
Mary: Tenho um gosto variadíssimo. Gosto do tango eletrônico do Gotan Project, do pop alternativo do Pizzicato Five, de todos os Folk Rockers (principalmente o Bob Dylan e o Johnny Cash). Amo Radiohead, Coldplay, Keane, REM... No Brasil eu curto Los Hermanos e Maria Rita... o Chico sempre. Mais o que me apresentam e me agrada aos ouvidos.

Antônio: Qual o assunto que você mais gosta de postar?
Mary: Não tenho preferência. Escrevo conforme o humor do dia ou a necessidade de escrever pra libertar coisas que eu sinto.

Antônio: Seaquinevassevoceusavaesqui?
Mary: hã????

Antônio: Você é: casado (a), solteiro(a), separado(a), enrolado(a), desquitado(a), viúvo(a) ou outros?
Mary: Outros é ótimo! Acho que sou outra! Hehehe...

Antônio: Por que você deu este nome ao seu blog?
Mary: A música “Uma Menina” do Chico me faz pensar tanto... Principalmente no quanto eu gostaria de ser distraída, às vezes. Por isso o nome.

Antônio: Qual foi o último blog que você visitou?
Mary: O do Antônio (que eu adoro - o blog e ele). Fui lá buscar o meme pra responder. O guri tem um jeito muito legal de escrever. E tem tanto chão pela frente... ainda convenço ele a lançar um livro!

Antônio: Por que resolveu participar deste meme?
Mary: Os motivos são os mesmos do Antônio
“Porque sabatina é comigo mesmo. Gosto desses métodos inventivos da blogoesfera, que proporcionam interatividade entre as pessoas. E, claro, porque não pago impostos para falar, responder e escrever.”
Respondo tudo sempre a quem me pergunta!

** Pra continuar essa brincadeira, indico a Donaella, que me indicou pra este outro meme aqui:

1) Sobre mim

# Sou muito exigente comigo mesma
# Tenho facilidade de falar em público
# Sempre dou meu ponto de vista, mesmo que seja contrário a todos
# Adoro ver filmes na tevê ou dvd
# Sou vaiadosa (não saio de casa sem brincos e rímel, por exemplo)

2) O que eu amo
# Minha família de sangue e a que eu escolhi (amigos)
# Cinema
# Música
# Livros
# Porto Alegre

3) O que eu não gosto
# Gente fofoqueira
# Injustiça
# Ignorância
# Grosserias
# Sapos (odeio)

Achei legal pode falar mais de mim. Estes são meus penta! Pra continuar respondendo, indico:


Enjoy!

=)

sábado, 12 de abril de 2008

Na Falta de Idéias...

Como não consigo afastar a total falta de criatividade que me ataca sem piedade hoje, resolvi deixar aqui uma das coisas mais legais que eu li nos últimos dias.


Amor Platônico

A expressão está equivocada, eu sei, mas não vou entrar na questão literal. Não avisem o Professor Moreno. Pode parecer um paradoxo em tempos de ficadas casuais, mas eu tenho um amor platônico, sim, aos 34* do segundo tempo.
Não, não estou trocando a possibilidade de um amor real de dores e delícias que a convivência implica, pelo amor perfeito que reside no reino da fantasia**. (De fato, ninguém nunca reclamou de chulé no amor platônico, não é?) Confesso que é um natural exercício lúdico de amar para o meu momento versão avulsa. Como toda brasileira, tenho um sonho de consumo. Não sei se se inscrevem ao mesmo tesouro patricinhas, marombeiras, boas partidos, hippies, bancárias, ou seja, nem idéia de como anda a concorrência.
Mas o que acontece é que cultivo o desejo de ter o olhar merecedor, o cortejo daquele homem esculpido pelas deusas bacantes.
Uns dias conversei com ele ao vivo, em outros, dei um olá no msn, e seu sorriso me transformou em náufraga afogada naquele encanto. Um latifúndio de mau caminho, Apolo moderno que me faz suspirar, como parece não combinar mais com uma guria contemporânea. Tanto revolucionaria a corte de Messalina como desbancaria o Brad.
Claro, amigas, essas palavras são apenas para uso próprio, alimento criativo para o meu sonho, coisa de mulher que se entende... Tal qual Vinícius de Moraes no poema "A mulher que passa"*, em que ele define com maestria seu desejo de amar uma linda desconhecida transeunte.
Defendida por manter o nome do moço no anonimato, me atrevo a divagar na mesma sintonia tímida que cultivava o primeiro amor no começo da adolescência. Com honrosa diferença de que a pretensa maturidade não me impede de tocar a vida sem ele, não subestima minha estima e ainda me rejuvenece! Resta deleitar com a possibilidade do páreo duro de tentar conquistá-lo. Capricho na audácia de achar que seu fã-clube é tão grande quanto a máfia siciliana, mas é meu olhar apenas.
Acho que sou uma razoável conversadora, seria esse meu talento pra atraí-lo. Ainda quero chegar triunfante com a ajuda da conjunção cósmica, se ela julgar que seremos felizes, colher os louros e saborear o moreno. E que as melhores coisas ainda aconteçam confidencialmente e na vida real, e como gostam de dizer as minhas amigas antecipando um providencial consolo, se "for pra ser".


(Patrícia Salvadori )


* No meu caso é 30!!!

** Eu sempre tenho um amor platônico (desde os 10 anos de idade). E nem tem como listar eles porque eu sempre acabo esquecendo dos coitados. A lista seria infinita. Me apaixono todo dia!
E ontem foi o baterista... Tenho uma queda... não! Tenho um abismo por bateristas. Ai ai...

******************************************************************************

Cliquem [aqui] pra ver o lindo presente que eu ganhei do Adriano em forma de poesia! Fiquei muito emocionada em ver ele retratar alguns dos lugares que eu tanto amo e associá-los a mim. A-do-rei. E fiquei vaidosa, é claro.

Além do poema, ele também me presenteou com este selo:


O qual eu indico para:
Amanda,
Antônio,
Donaella ,
Flá e
M.

domingo, 6 de abril de 2008

"Alguma coisa está fora da ordem..."


E então alguém me pergunta como eu lido com as diferenças entre as pessoas e as opiniões... E eu respondo que não lido, eu convivo.
É complicado estabelecer a linha intermediária entre certo e errado, entre bem e mal, entre bom e ruim. Prefiro acreditar que cada um tem seu modo de interpretar o mundo e cada um tem suas necessidades que justificam seus atos.
Em cima do muro? Não. Eu tenho minhas noções de certo/errado, mal/bem, bom/ruim que se aplicam a mim somente. Porque cuidar da vida de um ser (eu mesma, no caso) é muito complicado. E cuidar da vida do vizinho, do amigo, do colega, do parente é um fardo que eu não estou disposta a carregar.
Eu observo as pessoas a quem amo e procuro identificar se elas estão bem e felizes. Se não estão, procuro uma forma de tentar fazer se sentirem melhor. Se estiverem, eu jamais questiono as vias que a levaram a se sentir assim.
Diferenças existem pra nos provar que há diversas formas de atingir a felicidade. Quando uma forma não está atendendo às expectativas, tem-se a liberdade de escolher outra. E cada pessoa é única em seu conjunto de escolhas.
A sociedade nos impõe regras, é verdade. Subverter regras é um atentado ao bom funcionamento do coletivo! Elas existem pra organizar o convívio, pra direcionar os valores morais, pra condicionar a rotina e evitar as batalhas diárias que existiriam se não houvesse regras.
Mas nem por isso as pessoas têm que seguir convenções no intuito de 'copiar' modos de vida alheios. A vida não tem manual de instruções. Cada ser é único, Cada ser tem suas próprias pressões.
Entretanto, assim como a evolução humana aflora o positivo (que, a meu ver, é meramente o que traz o bem pessoal sem interferir no de outro ser), ela insufla sentimentos negativos (quando compromete o bem-estar do outros).
Bem-estar... bem-sentir... bem-viver.
A regra é clara: cada um na sua!

(escrevi pensando no texto que a Gabi me indicou sobre as 'diferenças')


* As pressões sociais, profissionais, familiares acabam liberando instintos selvagens de defesa: luta ou fuga (James-Lange/Cannon-Bard). Cabe ao cérebro 'desenvolvido' do Homo sapiens controlar sua selvageria. Há sim uma crescente inversão de valores na medida em que a humanidade caminha. Não há como negar. Ela está estampada nos jornais, nos noticiários de TV, nas conversas paralelas que ouvimos nas ruas.


** Escrevi sério hoje, né? Uiiii... Deu medo de mim! rssss.


*** Agradeço muito à Letícia pela indicação ao Thinking Blogger Award! Adoro quando alguém que me lê o faz por gostar do que (e do modo como) eu escrevo.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Ausência...


No entanto a tua presença
é qualquer coisa, como a luz e a vida...*


Estranho sentir essas coisas depois de tanto tempo. Mas, por mais incrível que possa parecer, eu ainda sinto. E me pego pensando no teu despertar todas as manhas enquanto eu mesma desperto. E escolho minhas roupas só pra agradar os teus olhos. Como se isso fosse realmente voltar a acontecer.


E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto
E em minha voz, a tua voz...*


A cada palavra pronunciada, a cada sorriso, a cada 'dar de ombros', eu imagino que tu ainda me espreitas em algum canto, que ainda me observas as reações e que ainda analisas meu modo de pensar. Mesmo nas situações corriqueiras do dia-a-dia, é como se tu estivesses por perto. É como se nunca tivesses saído daqui.


Não te quero ter
pois em meu ser tudo estaria terminado...*


A certeza da aniquilação do 'meu ser' é tamanha, que nem tu a contestas mais. E mesmo ao conversarmos sobre as coisas que acontecem nas nossas vidas agora, ainda existem várias reticências que já nem ousamos completar. A transmissão do que pensamos a respeito de nós dois hoje é tão clara que nem precisa de muitas frases. Sabemos exatamente qual o nome do sentimento.

Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados...*


Porque quando eu dizia 'definitivo' era exatamente isso que eu queria dizer.



* Vinícius de Moraes
_________________________________________________________________
INDICAÇÃO:
Agradeço ao Antônio com muito carinho pelo selo. Segundo ele, meu blog tem Força Total... Mas eu acho que tem tantos que também estão nestas condições.
Por exemplo:

- o da Jacinta;

- o da Letícia;

- o da Lizzie;

- o da Samantha;

- o da Toop e tantos outros...

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