segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Como?



E às vezes eu me pergunto:

Como ser tão feliz?

Como sinto que as coisas estão todas nos seus lugares e do modo que deveriam estar?

Como existe essa a confiança de que tudo dá sempre certo no final do dia?

Como estar tão bem simplesmente vivendo o presente, o dia após dia?

A resposta pode não ser direta, mas tenho reais e efetivos motivos pra ser feliz exatamente como sou e com o que eu tenho.

Sou uma pessoa.

Sou de verdade.

Sou verdadeira.

Sou suficientemente humana para amar e ser amada, detestar e ser detestada (com a mesma intensidade).

Tenho a plena certeza que sou fruto das minhas escolhas, sendo elas corretas ou equivocadas.

Posso pecar pelo excesso de confiança, jamais pela falta.

Sendo assim, isso sou eu?

Sou talvez muito mais... ou muito menos. Depende do referencial.

Mas a pergunta sempre volta:

Como ser tão feliz vivendo assim tão simples?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Rituais...

Inevitável. Há anos esse ritual se repete. E não importa se ele ou ela estão namorando. Simplesmente não conseguem fugir. Ela costuma dizer que ele não é 'tão maravilhoso assim'. Ele se conforma em pensar que isso já faz parte de sua vida.

Inconfundível. Ela chega à cidade, ele a vê pelas ruas. Começam então as mensagens, as ligações de madrugada. Na primeira festa em que se encontram e na qual passam a noite inteira fingindo que não se notam, é só esperar o final. Em um desses finais de festa, eis que se encontram novamente. Ele vem com o mesmo papo de carona. E ela com o mesmo sorriso de 'sei bem o que isso significa'. Depois de se livrarem das possíveis interferências, entram no carro e vão pro lugar de sempre. É como um filme que a gente vê várias vezes e não cansa. É como aquela música que a gente já decorou o refrão.

Indeterminável. O engraçado é que jamais trocam impressões sobre suas vidas. Sequer falam de suas 'situações amorosas' ou da vida profissional. É uma coisa meio maluca. Encontros furtivos em madrugadas geladas. Sem muitas expectativas, sem nenhuma cobrança.

Inexplicável. Não há qualquer necessidade de se explicarem. O que existe ali é a liberdade que cada um cultiva em si. A liberdade do segredo bem guardado. Sem pressa, sem falatório, sem mentiras, sem planos. É o momento em que o mundo lá fora simplesmente não importa e as criaturas que nele habitam estão completamente absortas em seus sonos e sonhos.

Inestimável.
No quarto há algumas evidências de presença feminina recente. E freqüente. Ela finge que não vê porque realmente não interessa. Ele mostra os novos peixes do aquário porque sabe que aquele aquário a fascina. E ele adora observar ela olhando com interesse. Parece que aquilo é tão ela... É tão dela. Ninguém mais nota o aquário. Ele então sorri um sorriso leve e despreocupado. Como se, com seus sorrisos, dissesse tudo o que ela precisa ouvir. Ela devolve com olhares sinceros. Aqueles olhares de cumplicidade em que não há malícia, nem maldade, nem compromisso.

Inflexível. Ela acha tudo muito divertido. Ele acha tudo muito perigoso. Ela está ali por diversão e ele, por aventura. A clandestinidade tem diversas faces. Diversão e aventura são sensações que viciam. Ele acaba se divertindo com ela e ela, se aventurando com ele. É uma troca, como qualquer relação.

Indecifrável.

- Sabe, eu penso que um dia a gente vai acabar casando...
- Pode até ser... Mas quem é que vai querer casar com a gente?


PS1: Hoje é dia de bater ponto lá No Banheiro Feminino.

PS2: Estou republicando alguns antigos textos do meu antigo blog. Mas são meus! E eu amo eles demais... Além disso, a falta de tempo não permite que eu tenha muita novidade pra contar.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Assim caminha a humanidade...

Oi,

Está tudo bem comigo, se é o que quer saber. Na verdade, minha vida segue. Bem melhor que há alguns meses. Não, não estou melhor porque não estamos mais juntos.

Ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro...

Melhorei porque aconteceram coisas novas. Novos projetos, novos resultados. Não, isso não te a ver com outra pessoa em absoluto. Se bem que... apareceu alguém sim. Um alguém que me faz rir, o que é bom. E só! Só o que eu preciso pra me sentir bem.

Natural que seja assim, tanto pra você quanto pra mim...

Eu sei. Tudo seria diferente se... se o que mesmo? Ah... é bom poder te ver reconhecendo essas coisas. É por isso que eu resolvi respeitar esse teu afastamento. Não tenho nada contra ti mas, pelo visto, tu tens. É claro que eu coloco a culpa em ti!

Ainda leva uma cara pra gente poder dar risada...

Pois é... passei um bom tempo procurando minhas falhas no final da nossa história. E não encontrei nada que me comprometesse. Egoísta? Acho que sim. Egoísta é uma palavra que te descreve bem. Eu achei que era algo da tua personalidade e acabava relevando as vezes em que as coisas que me empolgavam te faziam sentir sono. Mais tarde eu percebi que só o que te agrada é que importa, né?

Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade...

Não, isso não faz com que eu te odeie. Eu já te disse que sentimentos ruins nunca vão fazer parte de mim quando o assunto for a tua pessoa. Aprendi tanto... Sobre relacionamentos, sobre homens, sobre sedução, sobre mim. E depois de tanto aprender, só posso te agradecer.
Sinto carinho por todos aqueles momentos em que ficamos bem. Não me arrependo de nada. O que falou mais alto? O meu amor é claro! Mas o meu amor por mim mesma.
Eu não podia mais viver sendo a tua válvula de escape. Sou muito pra ser só isso. Ah, estou sendo prepotente? Não acho. Estou sendo aquilo que sempre fui: sincera e franca. Sim, eu lembro das vezes em que tu me aconselhavas a não ser tão franca porque a minha franqueza beira à grosseria. Fazer o que se eu não tenho o esfíncter entre o cérebro e a boca? Quando vejo, já falei. Acho justo falar. Acho que falar o que incomoda liberta a alma. E faz dormir mais leve... Então, tenho que falar mais uma vez:

Não vou dizer que foi ruim... Também não foi tão bom assim...

Tá, eu sei bem que não vou te enviar isso tudo. Vou continuar respeitando o teu silêncio e o teu distanciamento. Mal sabes tu que eu sei que estás vivo e bem. Tenho meus informantes, sempre tive. E se estás bem, fico bem também. Afinal...

Não imagine que te quero mal... apenas não te quero mais!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

No caminho...


Mary: Nem demorou, achei que ficaria esperando horas aqui!

AS: E quando foi que te deixei esperando, meu amor?

Mary: Sei lá, tu falou que estava enrolado...

AS: Nada que te faça esperar... Que horas tem que estar lá?

Mary: 22h30. Como tu tá? Não te vejo desde o ano passado.

AS: Bem, na medida do possível, né?

Mary: Aconteceu algo que eu não saiba? Abriu o sinal!

AS: Não aconteceu nada em especial, mas putz, essa época do ano é foda! Tenho me sentido vazio, cheio de vontade de chorar, melancólico mesmo.

Mary: Ai, eu sei bem como é... Sensação de que falta alguém, né?

AS: Pois é... mas percebi que é sempre nessa época do ano. Vou por aqui porque acho mais prático, tá?

Mary: Aham... Nem me fala. É nessa época que eu tenho as melhores recordações de coisas boas que me aconteceram, tu sabe.

AS: Deve ser esse calor. A gente deve ter algum dispositivo que nos faz lembrar das coisas quando está calor porque o cérebro derrete os circuitos. E aí a gente faz a associação de calor com as coisas boas que aconteceram, pra fugir das sensações ruins que ele causa.

Mary: Pode ser... Vira à esquerda aqui que o trânsito é mais livre!

AS: É sério. No frio a gente fica mais racional, mais seletivo, mais exigente.

Mary: Deve ser essa a explicação praquelas loucuras que acontecem nos carnavais das massas. O povo sente calor e se agarra 'sem dó nem pena'...

AS: Bom, isso corrobora a nossa tese. Olha aquele idiota passando no sinal vermelho!

Mary: É um imbecil! Mas é complicada a sensação de carência dessa época do ano.

AS: Tem que se ter controle. E vigilância redobrada!

Mary: Ah, com certeza... Carência exagerada gera desgraça.

AS: Qualquer mendigo de rua pode se tornar o amor da tua vida em 10 segundos. O que esse cara tá fazendo? Quer se matar?

Mary: A placa não é daqui, deve estar perdido. Bom, estando carentes, a gente acaba caindo em qualquer papinho.

AS: Só que quando tocam aquelas músicas, quando vemos aqueles filmes e não temos em quem pensar, é esquisito.

Mary: Muito. É como se algo tivesse fracassado sem nunca ter acontecido.

AS: A gente precisa mesmo se apaixonar?

Mary: Eu prefiro não aceitar essa idéia! Entra na pista da direita...

AS: Então é melhor nos fecharmos em uma bolha e rezar pras 'águas de março' chegarem depressa.

Mary: Eu tenho que me controlar duplamente. Além de evitar beijar os sapos da rua, ainda me policio pra não ser ríspida com as pessoas que vêm me falar de suas vidas amorosas felizes.

AS: Comigo também é assim. A vontade que me dá é sair por aí destruindo lares. Mas aí eu me tranco e espero a vontade passar!

Mary: E aquelas criaturas que chegam achando o máximo ser solteiras, te chamam pra 'programas de solteiros' que sempre se resumem a sentar num bar e beber até esquecer a solteirice?

AS: Isso tem direto também... Será que preciso ir pro 2° andar do estacionamento?

Mary: Não, tem lugar aqui. E até parece que a gente veio ao mundo pra ficar celibatário... Que eu lembre das aulas de química, o elétron celibatário tá sempre doidinho pra encontrar um par!

AS: É, meu amor, não nascemos pra esse verão.

Mary: Definitivamente. Vamos nos mudar pra Islândia? Noruega? Sibéria? Caramba... Parece que tá cheio!

AS: Pois é. Vai ser o jeito. Hummmm... Acho que vou deixar o carro por aqui...

Mary: Nunca! Tem um casal aos beijos naquele carro ali. Deixa bem longe, por favor! Vou aproveitar que estamos aqui no aeroporto e ver o preço das passagens...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

"Entre razões e emoções..."


Escrever é um vício. Por mais que se tente, não há como fugir por muito tempo. Então vamos lá pra mais um bloco de coisas escritas por mim e lidas por
sei lá quem.
Na minha concepção, escrever tem que libertar. Por isso, não me
prendo a prazos, a temas, a obrigações.
Escrevo simplesmente porque preciso.
Escrevo meu modo de ver as coisas, o mundo, as pessoas.
Escrevo porque é meu jeito de responder: por escrito.


***Por isso, além do Sweet, hoje eu estou No Banheiro Feminino. Passa lá!

;)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Futebol de domingo


Grenal não é questão de vida nem de morte. É muito mais importante do que isso.

E ele é colorado doente. Ela, azul de gremista.

Em dia de jogos não falam de resultados. Em dias de Grenal, nem falam de futebol. Ignoram o evento entre si, como se nem existisse.

Se despedem e seguem cada um pro seu rumo: o jogo!

O maior clássico do futebol gaúcho é uma das únicas coisas nesta vida que é capaz de dividir tal casal por 90 minutos.

No meio do jogo, ele manda uma mensagem: " Eu ficaria feliz com um empate".

Ela responde: " Eu ficaria feliz se a gente concordasse..."

Grenal é Grenal!

Uma luta.

Uma guerra.

E guerra é sangue.

É raça.

É coração.

Ops... o coração dela é dele.

O dele é dela.

O Grêmio?

O Inter?

Ah... o jogo acabou!

O amor é um só... e não acaba assim não!


- Podemos não falar de nada hoje?

- "Nada disso tem valor... de que vale o paraíso sem o amor?"

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Meme musical

A me passou um meme musical que eu já tinha respondido no meu antigo blog... mas como os tempos são outros e as idéias são dinâmicas, adorei responder de novo!
Respondi tudo com músicas do Chico porque o Chico é o Chico... E na minha vida tem muito espaço pra ele sempre!
Também postei um trechinho de cada música, como a fez no dela, pra entenderem o porquê de cada canção.

As regras:

1.Escolher um cantor, dupla, grupo, como quiser;
2. A cada pergunta feita temos que escolher um título de uma música;
3. Nomear outros blogs para repassar o desafio.


1. És homem ou mulher?

Uma menina
(Chico Buarque)

Uma menina igual a mil
Que não está nem aí
Tivesse a vida pra escolher
E era talvez distraída
O que ela mais queria ser



2. Descreve-te

A Moça Do Sonho
(Chico Buarque)

Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados
Vão parar
Entre escadas que fogem dos pés
E relógios que rodam pra trás



3. O que as pessoas acham de ti?

Ela faz cinema
(Chico Buarque)

Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual


4. Como descreves o teu último relacionamento?

Tantas Palavras
(Chico Buarque)

Trocamos confissões, sons
No cinema, dublando as paixões
Movendo as bocas
Com palavras ocas
Ou fora de si
Minha boca
Sem que eu compreendesse
Falou c'est fini
C'est fini



5. Descreve o estado atual da tua relação

Sob Medida
(Chico Buarque)

Se você crê em Deus
Encaminhe pros céus
Uma prece
E agraceça ao Senhor
Você tem o amor
Que merece



6. Onde querias estar agora?

Hollywood
(Chico Buarque)

Ói nós aqui
Hollywood fica
Ali bem perto
Só não vê quem
Tem um olho aberto


7. O que pensas a respeito do amor?

Todo o Sentimento
(Chico Buarque)

Preciso conduzir
Um tempo de te amar,
Te amando devagar e urgentemente.



8. Como é a tua vida?

Vida
(Chico Buarque)

Luz, quero luz,
Sei que além das cortinas
São palcos azuis
E infinitas cortinas
Com palcos atrás



9. O que pedirias se pudesses ter só um desejo?

Uma Canção Inédita
(Chico Buarque)

É valsa pra se ouvir por dentro
Pra se ouvir a sós
Pra não se dissipar ao vento
Com minha voz



10. Escreve uma frase sábia

Filosofia
(Chico Buarque)

Não me incomodo
Que você me diga
Que a sociedade
É minha inimiga.


Respondido. Adorei!

Repasso para:

- Luciana Andrade
- Antônio
- P_.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Como tem que ser

- Vem dançar!
- Eu não danço nada...
- Eu também não danço muito, mas precisava de uma desculpa pra vir falar contigo.

Tava na cara que era novinho demais. Porém a bebida já tomava conta do meu ser e aquele era o lugar no qual eu havia acabado de decidir que jamais voltaria.

Tá bom, tá bom... as desculpas eram esfarrapadas. Só que ele era uma graça! E uma graça com atitude (ponto pra ele).

Depois da festinha me acompanhou até em casa, caminhando pelas ruas do bairro... já de manhã! E ficamos conversando e rindo por mais de uma hora.

Pegou contato, mas eu tinha certeza que não ligaria. E ligou!

Depois nos falávamos pelo messenger. Assuntos bobos, futebol, risadas... Até que ele me chamou pra ver um filme. Pizza, filme, beijo na boca. E aquelas coisas que as pessoas fazem quando se entendem bem vendo filme, comendo pizza e beijando na boca, sabe?

E as coisas se repetiam porque as afinidades iam aparecendo. De um jeito natural, aquele lance "Eduardo & Mônica" divertia aos dois. E como a gente ria quando estávamos juntos. Piadas inteligentes. Humor ácido. Carinho equivalente. Sem disputas. Sem neuras e ciúme.

Cada encontro era leve como um sorriso. Como os muitos sorrisos que surgiam na cama ou no sofá, vendo TV ou simplesmente falando coisas a que ninguém daria nenhum sentido. Mas pra gente fazia todo sentido do mundo...

E não é assim que tem que ser?



**PS: hoje estou estreiando aqui.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Caixa de Entrada


Namorada recebe Namorado em casa. Namorada estava na Internet alguns minutos antes de Namorado chegar, verificando e-mails (inclusive os secretos), orkut, essas coisas. Então, Namorada vai pro banho e deixa Namorado usando o computador pra fazer as mesmas coisas que ela estava fazendo, antes de saírem pra uma pizza, um cinema ou algo que o valha.
Pois não é que o provedor de e-mails de Namorado é o mesmo de Namorada? E é aquele bendito que pede várias confirmações pra sair da conta, antes de efetivamente fechar?
Acontece que, na pressa, Namorada não confirmou todos os ‘desejos’ de sair. E Namorado acabou na caixa de entrada dela, por acidente. Não foi por acidente, porém, que ele resolveu abrir e ler uma mensagem com um ‘assunto’ meio suspeito.
Olha, o que dizia exatamente na mensagem, eu não sei. Mas foi o suficiente pra ele pedir explicações pra Namorada assim que ela saiu do banho.
E ela se enrolou pra explicar que se tratava de Casinho, um rolo que ela teve quando eles estavam brigados, nada de mais. Que já havia inclusive avisado o cara que estava namorando, mas que o cara insistia.
Então Namorado exige:


- Escreve um mail agora pra ele falando isso. Na minha frente.


Eis a resposta de Namorada ao e-mail de Casinho:


“Já te falei que estou namorando.
Por favor, não insista!”


No outro dia, ela foi contar às amigas do ocorrido. Disse ter ficado chateada porque a intenção era manter Casinho em stand by. Afinal, vai saber quando se precisa de um bofe, não é mesmo?
Foi então mostrar o tal e-mail pra elas, quando viu que Casinho havia respondido. Todas riem até hoje da história!
A resposta? Ah... o mais engraçado de tudo! Aqui está:


“Se falou, não foi pra mim.
E eu nunca insisti!”


*livremente adaptado

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