quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Gravity...

Durante o carnaval, eu estive no litoral porque em Porto Alegre não tem praia e a gente tem que viajar uns 100km pra ver o mar. Que não é muito bonito pra essas bandas, visto que aqui é a ponta do continente que recebe as correntes geladas da Antártica. Este ano, por uma anormalidade climática, o mar tá quentinho e menos revolto (mais limpo), o que é muito raro, visto que a gravidade do planeta não permite praias paradisíacas nesta latitude. 


Enfim... explicações geográficas e científicas à parte, quase todo mundo aqui tem (ou é próximo de alguém que tenha) casa na praia. Então, 80% da cidade se manda pra lá nos feriados e finais de semana de verão.
Isso tudo é pra explicar o que segue...


Na sexta (pré-carnaval) à noite, quando fui tirar minhas lentes de contato pra dormir, uma delas rasgou. Mas um rasguinho estranho: uma pequeníssima meia lua se destacou da borda e eu nem sei como. Imediatamente eu tive um chilique.
E tu aí já tá te perguntando: por quê?
Respondo: porque a receita ficou em casa, logo nem adiantava ir à ótica comprar uma caixinha de lentes descartáveis. E mesmo que eu andasse por aí com a receita (coisa muito comum, não é?): não há óticas na prainha pra onde eu vou! E pra piorar o quadro da dor: meu horroroso óculos - que só uso pra ver TV na cama - ficou em casa.
Ou seja: carnaval às cegas (pra não dizer às míopes).
Tive que improvisar, portanto.



Na manhã seguinte (e nas que se sucederam a esta), ao colocar a lente do olho direito, fiquei girando até que o rasguinho se acomodasse.
Então comentei com o ser-humano-que-é-adjacente-e-inerente-a-mim:

- Não sinto desconforto se coloco o sulco pra baixo.
- Vai ver é porque tu nunca olha pra baixo!

Instantaneamente eu comecei a (mentalmente) filosofar:

"And then I looked up at the sun"

And I could see
Oh the way that gravity pours
On you and me
And then I looked up at the sky
And saw the sun
And the way that gravity pours she
On everyone



Ando otimista mesmo. Tudo tem que dar certo, nos devidos prazos. E não tenho tido tempo sequer pra olhar pro lado, quem dirá pra baixo...

Mas... e se ele tava falando isso porque eu tropecei duas vezes naquela mesma tarde?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Pop! Goes My Heart


Há alguns dias eu venho refletindo sobre meus gostos. Eles não tem nada de excêntricos, nada de incomuns, nada de peculiares... Acredito que eu seja parte da maioria. O que eu considero ‘bom gosto’ é o meu gosto. O que eu considero bom, é bom pra mim.
As músicas que eu curto, os filmes que eu aprecio, as comidas com que eu me delicio, os lugares onde eu adoro ir, tudo é absolutamente comum pra mim... E não tenho muitos preconceitos.
Porque quando eu era criança, eu tinha. E muito. Olhava pra algo e já não gostava. Aí vinha a minha mãe e seu refrão predileto “nem provou e já sabe o sabor?”. Isso me fazia ter mais raiva da tal coisa. Aí que eu nem olhava mesmo.

Abre parênteses: (

Falei ali em cima que não tenho muito preconceito com as novidades. Pois com pessoas eu tenho. Se eu bater o olho e não gostar, não tem jeito. E aqui o refrão da minha mãe nem cabe. Porque eu não preciso provar pra dizer que não gosto. Basta olhar. Tem algo mais comprometedor (ou comprometido) que os olhos?

) Fecha parênteses.

Por que eu venho me questionando sobre meus gostos e afinidades? Porque me levaram esses tempos pra comer sushi em um lugar que eu amei. Aí eu comentei sobre o tal lugar com um amigo, cuja erudição está acima de nós, pobres mortais:

- Ah tá. Nada mais japonês do que um sushi com goiabada. Sorvete de sobremesa então... ultra-tradicional no Japão.
- Olha, eu nunca estive no Japão. Mas duvido que o churrasco deles não tenha sofrido algumas adaptações que o descaracterizaram. E mesmo assim é churrasco. E a sobremesa lá não deve ser sagu de vinho tinto!

Se aparece uma nova música que a mídia mostra insistentemente, eu ouço. Se comentam muito sobre um filme, eu vejo. Se todo mundo come, eu experimento. Se falam de um livro interessante, eu leio. Surgiu um cosmético que promete milagres? Então eu uso!

Exemplos?
- adoro Lady Gaga pra correr na esteira
- “Bastardos Inglórios” foi o melhor filme que eu vi no ano passado
- o Tehama Tex-Mex me fez perder o nojo de guacamole
- “O Menino do Pijama Listrado” é um BAITA livro
- o primer Magix da Avon é tu-do (melhor que muita marca carésima por aí)

Prefiro filmes alternativos, prefiro ouvir rock antigo e folk, prefiro culinária oriental e não leio auto-ajuda. Não há nada de incomum nisso? Beleza então:

- Minha querida, “tu é pop”. Gosta de Johnny Cash e Bob Dylan, Tom Tykwer e Fellini, de comida japonesa e árabe... e pior: lê Saramago, David Coimbra, Aldous Huxley e Jack Kerouac como se eles seguissem a mesma linha de raciocínio!
- Tá, então sou. E o que há de errado? A Madonna é pop e tá pegando o Jesus, meu bem. E eu acho podre de digno.
- Peraí... Madonna e Jesus??? Michelangelo diria que é incesto.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Quanto riso, ó quanta alegria...


E quem diria, hein?
Aqueles festejos que antecediam a Quaresma, os dias de se despedir da carne (“afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne vale") e se preparar para o jejum, progressivamente virariam a maior festa popular da contemporaneidade.
E que aqueles bailes de máscaras do Renascimento, aquelas alegorias e fantasias acabariam se transformando em bailes regados a muita cerveja e desfiles de rua.
Pois pra mim, o paradoxo do Carnaval ainda são os trios elétricos.
Principalmente porque, se a origem vem da ‘dupla elétrica’ Dodô e Osmar, deveriam ter três pessoas lá em cima e não uma multidão...
Tá, não é só isso que considero paradoxal. O que me intriga mesmo é como uma pessoa pode, sendo empurrada por uma multidão, na velocidade e ritmo ditados pela maioria dos ‘carnavalescos’, dizer que está se divertindo.
E pior, pagando caro pela camiseta bregamente colorida (e mais bregamente ainda customizada) a qual popularizou o nome abadá, que é roupa de capoeirista!
Opa, acabo de ter uma luz!
Se abadá veste capoeiristas, se capoeiristas se divertem jogando capoeira e se as pessoas se divertem vestindo abadás naquele empurra- empurra em torno de um trio elétrico (que é uma multidão em curto circuito)..., carnaval é uma capoeira coletiva.
- Tá bom, Mary. Agora me explica a tal beijação que acontece nessa capoeira toda?
- Bom, seguindo meu raciocínio, tenho a resposta pra essa também. Já ouviu falar em Zé Kéti e Pereira Matos? E da marchinha Máscara Negra que a Dalva de Oliveira gravou em 1967? Não? Presta atenção num trechinho da letra: “Vou beijar-te agora/ Não me leve a mal/ Hoje é carnaval”. Eis a etiologia e a origem histórica do festival de beijos carnavalescos!
- Hummmm, sou mesmo um completo ignorante! Eu aqui achando que era culpa da Ivete! Porque com ela, “é na base do beijo...”

Brincadeiras à parte, pessoas: aproveitem os dias que seguem. Seja para descansar, para se esbaldar nos prazeres da carne, seja pra cair no beija-beija, ou pra o que bem entenderem... Só “não façam nada que eu não faria”, conforme sabiamente aconselha meu avô (que está fazendo 87 anos hoje).

Bom carnaval a todos...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Denúncia


Farsante (adj. e s.m. e s.f.). 1. Diz-se de, ou pessoa que faz rir com suas representações, gracejos e piadas; 2. Pessoa que não procede com seriedade; 3. Fingido, simulador.



Ao longo dos anos em que eu uso internet, acabei conhecendo muita gente com quem eu tenho hoje, amizades pessoais. Algumas destas pessoas já estiveram na minha casa, já estive na casa delas... já tomamos chopp juntos, já viajamos... e agora, fazemos parte da história uns dos outros.

Porém a internet antes era muito mais segura. As pessoas que acessavam a rede eram pessoas impreterivelmente instruídas e educadas. Não havia outro objetivo que não o de estabelecer contato com o maior número de pessoas, nos mais diversos lugares do planeta. Foi graças à internet, a propósito, que eu exercitei meu inglês escrito e falado.

Jamais me senti insegura em dar meu telefone, meu endereço para correspondências naquele tempo. Hoje em dia, já não é bem assim.

Alguns de vocês, que acompanham meu blog há mais tempo, sabem que eu fiquei um tempão sem blogar, sem comentar, sem interagir... E é óbvio que tem uma razão: fui vítima das canalhices de uma pessoa. Pessoa esta a quem eu monitoro desde então. E por que eu a monitoro? Porque a criatura em questão continua agindo e enganando mais gente. E porque ela, além de já ter mudado de identidade algumas vezes, é tão ousada, que eu não duvido que tente se reaproximar de mim novamente (ou de algum amigo meu), com o intuito de me provar que pode me enganar novamente.

Todos os meus amigos sabem a quem eu me refiro. E pros que não sabem, indico o blog do qual ou colaboradora (juntamente com outras pessoas que estiveram igualmente na mesma situação) para conhecerem a história da farsa do Dr. Leonardo (que já foi Araújo, já foi Werneck e agora, pelo que me consta, atende pelo nome de Leonardo G. Brandão, ou o Dr. Do Absurdo, ou ainda ‘O Teórico’).

A maioria das informações levantadas por um esforço de várias pessoas está no blog “A Grande Farsa”, que eu peço para que vocês leiam desde o começo. Temos acessoria de gente que já lidou com coisas parecidas. E estamos devidamente orientados para divulgar somente os dados que não armem ainda mais a ardilosa história que a farsante montou.

Não tenho nenhum medo de estar sendo injusta, pessoas. Eu tenho certeza de tudo o que está lá. E quem quiser falar comigo a respeito, eu não tenho nenhum problema em esclarecer o que quer que seja (mandem e-mail - maryfantinel@gmail.com - que eu mando meu MSN)... Mesmo por que a pessoa em questão JAMAIS processou qualquer das pessoas envolvidas nas acusações. Simplesmente porque não é real!

Eu, como vocês sabem, sou BEM real. Tem dias que sou bem mais real do que gostaria. Precisava avisar novamente sobre essa palhaçada porque andei olhando os comentários da criatura sociopata e vi que tem gente de blogs que eu conheço sendo enganadas.

A dica para quem achar tudo um ABSURDO (porque é) e tiver dificuldades em aceitar é exigir que a pessoa se mostre na webcam (pra quem fala com ‘ele’ nos messengers) porque isso jamais vai ocorrer.

Não foi um absurdo o caso da advogada brasileira (Paula Oliveira) que mentiu à polícia sido atacada por extremistas skin heads na Suíça? As razões que levam as pessoas a fazerem esse tipo de coisa nem entram em discussão aqui.

É isso, gente! Assunto chato. Nem gostaria de ver essa sujeira toda novamente vinculada ao meu blog. Masnão vou calar ao ver outras pessoas perderem seu tempo, sua educação e dar sua atenção a uma pessoa doente e totalmente inventada por alguém que, no mínimo, tem altos problemas psicológicos (ou psiquiátricos).

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O meu verão, vocês verão em tópicos:



- Tá, eu sei que todo mundo está reclamando do calor insuportável aqui em Porto Alegre. E eu nem deveria mais falar sobre isso porque agora no final da tarde resolveu cair uma bela chuva. Mas, Jesusinho querido, por amor aos seus filhinhos gaúchos: leva o verão senegalês embora!!!

- Uma semana com três dias tem suas vantagens e desvantagens. Trabalho tão intenso por três dias merece, no mínimo, final de semana na praia. Vou de novo amanhã de noite, então!

- Alguém aí é tão entusiasta por seriados como eu? Se sim, já conseguiu ver o início da 6º Temporada do Lost? Eu já!!! Acho que foi a coisa mais divertida que fiz nesses últimos e escaldantes dias.

- Tá rolando o Porto Verão Alegre e eu nem pude olhar a programação com calma. Juro que, não importa a pilha de trabalho, na semana que vem eu vou a pelo menos um espetáculo. De preferência num teatro munido de um bom sistema de ar refrigerado. Talvez “Como enlouquecer sua alma gêmea” ou o clássico “O Urso”.

- Quando não tenho absolutamente NADA pra fazer (no frescor do ar condicionado do laboratório -  geralmente no horário que seria ‘de almoço’), acesso o blog “Te Dou Um Dado?”  e morro de rir com o jeito debochado que o pessoal escreve sobre TV e celebridades. Quase não vejo TV, então acabo conhecendo as ‘subcelebridades de 15 minutos’ por lá. E sob a ótica do TDUD pode ser um pouco exagerado, mas é hilário.

- Falando em hilário... Uma das poucas coisas que me prendem na frente da TV (além de seriados) é o CQC. Sou fã do Tas (e do Blog do Tas) há anos. E o programa me dá informação séria do jeito menos chato. Será que eles demoram muito pra voltar de férias??? Os meninos devem estar em atividades de verão que não incluem estúdio e ternos pretos.

- E preciso ir ao cinema com urgência... Já deixei passar vários filmes. Ai, é muito calor pra fazer qualquer coisa legal!

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