segunda-feira, 29 de março de 2010

Doida & Santa...

Achei este teste, fiz para saber qual livro nacional eu sou e eis o resultado:


Vou comprar pra ver se realmente me identifico.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O que eu quero? Sossego!


Morar (quase) sozinha faz de mim um paradoxo. Na maior parte do (pouco) tempo em que estou em casa - quando meu cúmplice está viajando ou na rua, me sinto só. Falo sozinha. Ligo a TV só pra ter as vozes que saem dela ao redor sem sequer olhar em direção. Busco por meus amigos e minha família nos messengers para diminuir a sensação de abandono. Funciona.

Aí resolvem me visitar. Afinal de contas, eu reclamo da distância, da saudade, dos eventos familiares que acontecem sem a minha presença, de tudo estar acontecendo sem mim, de nem lembrarem que eu existo. Pura chantagem. Dessas que eu faço desde que dei o ar da graça nesse mundo de monstros e monstras sanguinários. Mesmo antes de aprender a falar ou andar eu já usava desse artifício mesquinho e sórdido. E quer saber? Funciona.

(cena do filme Parenti Serpenti* -
qualquer semelhança...
talvez nem seja coincidência)

E então meu espaço vira um caos. Há pertences de outras pessoas em cada móvel de cada cômodo. Há coisas minhas nos lugares que me restam, mas não nos meus lugares. Os armários são totalmente formatados por dentro. O barulho de vozes é real, alto e confuso. Meu quarto não é mais meu. Nem meu banheiro. Nem mesmo minha cama e meu travesseiro. Eu começo a perceber que está pesado demais. Estou prestes a emitir um sonoro "foradaquiiiiiiiiforeeeeeever!!!", quando alguém sugere que eu saia pra tomar ar. Funciona.

Acontece que não tenho como sair pra tomar um ar todas as noites. Nem posso continuar passando matinalmente todos meus horários e tarefas do dia para uma supervisão (inquisitória), enquanto estou sentada à mesa, tomando meu café da manhã (normalmente uso o balcão da pia, em pé).

- Família, amo vocês. Porém, nós todos juntos, por mais de duas semanas neste apartamento, é algo que definitivamente... Não funciona.

* Filme de Mario Monicelli, 1992.

terça-feira, 9 de março de 2010

Das ist mein Vater, meine größte Liebe.*

 Meu pai, fotografado pelo meu irmão em julho de 2009.


Lá está ele sentado num final de tarde ensolarado de inverno. Com sua camisa de lã uruguaia que a mim sempre pareceu um casaco. Mas ele afirma que é camisa. Com seus óculos de lentes fotocromáticas, que ele demorou a se convencer em usar.
Depois de tanto tempo, não me canso de olhar pra ele. Não canso de lembrar de toda a história de luta. Não esqueço das conversas e das filosofias simples que me acompanham pela vida. Do ciúme, da proteção e do mimo escancarado que até hoje se destinam a mim.
Não tenho como não admirá-lo. Força e fibra sempre foram suas companheiras. E a sensibilidade escondida em pequenas frases para não perder a macheza até hoje me comovem.
E essa mania de mexer nas mãos. Nessas mesmas mãos que já trabalharam duro (e ainda trabalham), que carregaram toda sorte de equipamentos e engrenagens, que já sofreram tantos cortes e ferimentos.
As cicatrizes estão todas lá. E arranham um pouco quando ele passa a mão no meu rosto pra fazer carinho. Assim como o peso de uma mão que muita enxada já ergueu muitas vezes é sentido naquelas brincadeiras inocentes que envolvem “tapinhas” e risadas.
Desconheces a tua força, pai. Desconheces a tua força. E aqui nem falo da tua força física mais. Falo da fortaleza que se instaura ao teu redor. Falo da garra em enfrentar os problemas de frente. Refiro-me à sensação de bem estar que tu passas só de ficar um pouco ao meu lado.
E agora tu ficas aí sentado, calmamente tomando sol, depois de mais um dia de ensinamento e aprendizado. E te deixa fotografar pelo teu filho caçula só porque ele gosta de brincar de ser fotógrafo. E te deixa descrever pela tua filha mais velha só porque ela gosta de brincar de ser escritora.
Por quê? Talvez porque nossos sonhos te realizem de alguma forma. Porque sempre priorizaste a nossa felicidade, independentemente do que a gente decidiu fazer/ser/inventar/experimentar.
Um pouco de ti está em mim, pai. As pessoas falam ser muito mais que ‘um pouco’. E o teu modo de respeitar as minhas escolhas faz com que eu te ame cada dia mais e mais. Não tenho muito que te dizer, além do que já te disse e digo em qualquer oportunidade que surge.
Pra hoje (09/03):
Feliz aniversário, pai.
Te amo pra caramba.
Beijo meu.
* "Este é meu pai, meu amor maior." (relembrando minhas aulas de alemão)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Ossos do ofício...


Sweet Delirious:

- Encontro uma pessoa aqui quase que por acaso...
Aí descubro que ela já namorou um dos meus melhores amigos da adolescência, que eu já namorei o ex-namorado da melhor amiga dela, que ela quase foi morar com a minha melhor amiga.

- Outra pessoa me reencontra aqui (não sei se tão por acaso)...
Aí não descubro mais nada! Fiquei "às mosquinhas".

"É bom te ver

Coincidência te encontrar

Aqui, assim

Muda tudo de lugar"

Meus doces delírios são dor e delícia. E eu sei bem o que isso pode significar.

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