domingo, 25 de abril de 2010

Circos e Palhaços...


Odeio palhaços. Acho que tenho medo. Não sei. Simplesmente detesto. Desvio deles até em festinhas de crianças. Não gosto mesmo.
A razão pode ser porque, quando criança, acompanhava as sessões de filmes nas madrugadas insones da minha mãe (nossa insônia deve ser genética). E víamos os filmes que passavam na Globo. Era a única emissora que ‘amanhecia’ na cidade. Até hoje acho que é a única. Passava muito filme de suspense e de terror. Foi nesses tempos que assisti “O Destino de Poseidon”, “ O Inferno na Torre”, “A Mosca” e “Poltergeist (!!!!)”. Aquele maldito palhaço debaixo da cama. Maldito!
Pois pra piorar meu pai adorava nos levar no circo. Não passava muito tempo em casa com a gente. Então, quando vinha nos ver, nos levava pra passear sempre. O programa predileto dele era nos levar ao circo! Porque quando ele era criança, essa era a maior diversão, o maior espetáculo da terra, sabe? Sabe.
Vivemos agora em outros tempos. Tempos do Cirque du Soleil. Este é espetáculo mesmo. Espetáculo artístico de dança, ginástica artística, cenários, figurinos, luzes. Um show. Bem diferente dos circos que o pai levava a gente. Aqueles em que eu implorava pra chegar logo o globo da morte com as barulhentas motocicletas circulando dentro daquela esfera de tela metálica, fazendo aquele som infernal, insuportável.
Nunca menos insuportável que aqueles palhaços bizarros que se achavam bem engraçados e que me deixavam muito desconfortável com o nó que se formava na minha garganta durante suas idiotices. Pelo menos o globo da morte era o anúncio de que a tortura estava acabando. Era a última atração sempre. Uma vez um circo inventou de colocar palhaços pra “animar” o globo da morte. E eu voltei pra casa horrorizada.
Mas o Cirque du Soleil é bem diferente. Tenho muita vontade de assistir e faz tempo. Quando eles estiveram em Porto Alegre em 2008, infelizmente demorei pra ir comprar ingressos e havia acabado. Não vi o espetáculo “Alegría” que meus amigos classificaram como fantástico. Então decidi: desta vez, eu vou!
Fui até um dos postos de venda de ingressos. Toda feliz. Quidam é o nome do novo show. Tinha um cara na fila com um jornal “O Globo”. O que um porto alegrense fazia com esse jornal, foi o que eu me questionei. Então eu vi que ele lia uma crítica do espetáculo. Pedi pra dar uma olhada. Entre uma linha e outra, eis que surgem as seguintes palavras: “E o palhaço. Palhaço? Ele está em todos os cantos e em quase todas as cenas. O roteiro refere-se a ele de forma direta, apesar das inúmeras brincadeiras que ele faz com a platéia...”
Saí da fila e fui pra casa. Não gosto mesmo de palhaços. Odeio. Deve ser trauma. Ou medo.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Hã?


Relacionamento estranho o deles. Artificial. Frio. Discreto. Quase mudo. E muito estranho.
Passam o dia no celular - um com o outro. Devem ter bônus só pra relatar o que estão fazendo o dia todo. Muito estranho mesmo.
Não se divertem. Nem juntos, nem separados. Dá pra notar a apreensão na cara de um se o outro não está na festa. E logo toca o celular. Conversa rápida e quase silenciosa num canto. Estranho.
Logo logo vai embora. Sai meio correndo. Mal se despede. Muito muito estranho sim.
E deprimente também.
Será que tem algo a ver ela ser adulta e fã da Saga "Crepúsculo"?

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