segunda-feira, 14 de março de 2011

O telefone

Era a chamada que eu precisava receber.
Ao desligar tive certezas.

Nada como uma desculpa esfarrapada para eu perceber a verdadeira razão daquela ligação.
Agora vou dormir melhor que ontem. E antes de ontem.

domingo, 13 de março de 2011

Novamente...


...aqueles sentimentos de medo e tristeza. Não é bem tristeza, é um nó na garganta, uma saudade antecipada, uma confusão que aperta o coração.

Percebeu que nem me despedi? Te vi entrar no táxi e balbuciei um 'boa sorte' ou 'te cuida', nem lembro. E virei sem olhar pra trás. Cheguei no ponto de ônibus, debaixo daquele sol que aumentava a tontura das minhas ideias e agradeci aos céus porque minha linha estava estacionando no mesmo momento. Só percebi que tinha pegado o ônibus errado depois de uns quinze minutos. Onde eu tava com a cabeça?

Já sei! No mesmo lugar em que estive durante a madrugada por várias vezes. Cada vez em que despertava do meu sono leve e conturbado, dos meus sonhos bizarros e confusos, eu estava lá: na terra da saudade angustiante e da incerteza.

No meio desta tempestade toda, desse turbilhão de emoções negativas que estão em mim, tu diz que quer se casar comigo. E que quer vários filhos correndo pela casa. E olha, age e fala sorrindo com uma tranquilidade que me espanta. Essa tranquilidade que eu tanto elogio, que me acalma sempre e que me faz sorrir, hoje me assusta. E tuas certezas não amenizam meu medo.

O medo é real. Medo de que eu não faça a mínima falta.

Foi esse medo que me fez chorar hoje de manhã. 

E eu te disse que era TPM.

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